Garanta 40% de desconto
🚨 Mercados voláteis? Descubra joias escondidas para lucros extraordinários
Descubra ações agora mesmo

Acelen prevê R$12 bi para diesel verde na Bahia; demandará óleo de soja no início

Publicado 15.04.2023, 12:08
© Reuters.

Por Marta Nogueira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Acelen, do fundo Mubadala Capital, planeja investir 12 bilhões de reais em dez anos para a produção de diesel e querosene de aviação renováveis na Bahia, a partir de 2026, em um passo que colocará a companhia como uma das líderes mundiais nesse segmento, disseram executivos à Reuters.

A nova biorrefinaria, cujas obras devem ter início em janeiro de 2024, ao lado da refinaria de petróleo da Acelen Mataripe, em São Francisco do Conde (BA), terá capacidade para produzir 1 bilhão de litros por ano de combustíveis (ou 20 mil barris/dia) a partir do hidrotratamento de óleos vegetais e gordura animal.

O diesel renovável ou verde, também conhecido como HVO (sigla em inglês do processo de produção), é diferente de biocombustíveis tradicionais como o biodiesel, pois pode substituir 100% do produto fóssil, embora também use matérias-primas como o óleo de soja. O mesmo vale para o querosene de aviação verde, denominado SAF.

Devido ao tamanho do projeto, a companhia poderá ser em um primeiro momento a maior consumidora brasileira de óleo de soja, capturando o equivalente a 10% do consumo interno atual do Brasil, maior produtor global da oleaginosa.

"A gente se torna um player atrativo para um produtor de óleo de soja, então estamos sendo muito bem recebidos, e esse tipo de contrato também envolve investimentos futuros", afirmou o vice-presidente de Novos Negócios da Acelen, Marcelo Cordaro.

A Acelen assinou no sábado memorando de entendimentos com o governo da Bahia, em Abu Dhabi, sobre o plano de investimentos. O projeto incluirá diversas frentes de trabalho, como estudos para a produção de matéria-prima e iniciativas para integrar a agricultura familiar, além de questões logísticas, ambientais, tributárias, dentre outras.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

A decisão final para investimentos deverá ser tomada em dezembro deste ano.

"Será como se fosse uma unidade da refinaria, em Mataripe, para explorar as sinergias", pontuou Cordaro, detalhando que a biorrefinaria utilizará toda a infraestrutura já existente de utilidades, tancagem e logística, incluindo o terminal portuário, para a exportação dos novos combustíveis.

A refinaria de Mataripe, antiga Rlam, foi vendida pela Petrobras (BVMF:PETR4) ao final de 2021. Sob a administração do Mubadala, investimentos de mais de 1 bilhão de reais já foram anunciados para a unidade, que hoje responde por 14% da capacidade de refino de petróleo do Brasil.

Inicialmente, a Acelen prevê que toda a sua produção de combustível renovável seja exportada, uma vez que ainda não há regulação no mercado brasileiro que viabilize a comercialização interna de HVO ou SAF, enquanto mercados externos podem garantir melhores preços.

"A gente quer ser um player global, já estamos nascendo grandes, já temos competitividade para atuar lá fora", afirmou o vice-presidente de Relações Institucionais, Comunicação e ESG da Acelen, Marcelo Lyra.

"Obviamente, o mercado brasileiro se desenvolvendo e começando a incentivar esse tipo de combustível, aí logicamente para a gente seria interessante participar."

DESENVOLVIMENTO DA MATÉRIA-PRIMA

Inicialmente, o óleo de soja será a principal matéria-prima do projeto, que devido a sua dimensão, poderá tornar a Acelen o maior consumidor individual da commodity no Brasil, com o uso de até 900 mil toneladas do óleo de soja por ano. Também deverá haver inicialmente um consumo adicional anual de 100 mil a 150 mil toneladas de óleo de milho e gordura animal.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Posteriormente, a companhia planeja substituir gradativamente o consumo do óleo de soja por óleo de macaúba e dendê, com previsão de início de plantio em 2025. Para isso, a Acelen investirá em genética, melhoria de produtividade agrícola e seleção de áreas aptas.

A macaúba é uma árvore nativa do Brasil com alto potencial energético, segundo os executivos, e ainda não explorada em escala comercial.

"Com a macaúba você tem de cinco a sete vezes maior produtividade por hectare (em relação à soja)", afirmou Cordaro.

O projeto prevê o plantio em uma área total de 200 mil hectares, espalhadas entre Minas Gerais e Bahia, priorizando terras degradadas.

Não havia definição se a companhia também poderia ter plantio próprio, além de comprar de terceiros.

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

Do montante total de investimentos previstos, até 2,5 bilhões de reais deverão ser investidos em pesquisa e inovação, desde a semente até a planta de produção.

A empresa planeja a criação de um laboratório de germinação de sementes de escala industrial, fazendo investimentos em pesquisas com uma série de instituições públicas e privadas dentro e fora do Brasil, afirmaram.

Os executivos destacaram que estudo da Fundação Getulio Vargas apontou que o projeto deverá movimentar 85 bilhões de reais na economia brasileira até 2035, de forma direta e indireta, com consequente aumento na contribuição de impostos em toda a cadeia produtiva.

Além disso, espera-se a geração de mais de 90 mil postos de trabalho diretos e indiretos, sendo 70% de forma perene, com a operação do Polo de Renováveis.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Últimos comentários

Essa refinaria árabe no Brasil é uma vergonha!
🔹🔹ganhe semanalmente negociando com a ajuda de ShirIey B. WeIch on lnst@qr@m . envie uma mensagem e comece a ganhar
hummmm! será os caras dos milhões em joias e 💎 diamantes do L.A.D.R.Ã.O do b.o.l.s.o.n.a.r.o? das 151 viagens as arábias quantos "pacotes" trouxeram joias e 💎 diamantes ? o tal do piquet é recrutador?
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.