BBAS3: Por que as ações do Banco do Brasil subiram hoje?
A maioria dos acionistas minoritários da BRF (BVMF:BRFS3) votou a favor da fusão com a Marfrig (BVMF:MRFG3), segundo comunicado divulgado ao mercado no sábado (02.ago.2025). A aprovação, com 71,4% dos votos (desconsiderando abstenções), representa um avanço importante para a conclusão da operação que unirá duas das maiores empresas do setor de alimentos do Brasil.
A decisão antecede a Assembleia Geral Extraordinária (AGE), marcada para 3ª feira (5.ago.2025), quando o tema será formalmente discutido entre todos os acionistas. Nesta 2ª feira (4.ago), no entanto, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) decidiu reavaliar a fusão entre BRF e Marfrig.
A adesão expressiva ao voto antecipado demonstra amplo apoio à proposta entre os investidores da BRF. O processo vinha sendo acompanhado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que já havia adiado as assembleias por duas vezes, solicitando informações complementares às companhias.
A fusão, anunciada em 15 de maio de 2025, prevê a criação da MBRF Global Foods Company, que reunirá marcas consagradas como Sadia, Perdigão, Qualy, Paty e Bassi. A operação será realizada por meio de troca de ações: para cada ação da BRF, os acionistas receberão 0,8521 ação da Marfrig.
Também estão previstos proventos –dividendos ou juros sobre capital próprio– de R$ 3,52 bilhões pela BRF e R$ 2,5 bilhões pela Marfrig.
Se confirmada a fusão, a nova empresa terá atuação em 117 países, produção estimada em 8 milhões de toneladas anuais e cerca de 130 mil colaboradores. O faturamento combinado pode alcançar R$ 152 bilhões por ano, colocando a MBRF como forte concorrente da JBS (BVMF:JBSS3) no cenário global de alimentos.
O Cade já tinha aprovado a fusão sem restrições. No entanto, a Minerva (BVMF:BEEF3) Foods apresentou recurso, alegando riscos à concorrência. Mesmo assim, o mercado reagiu positivamente: as ações de ambas as empresas subiram após os anúncios.