Investing.com - O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em alta nesta quinta-feira, já que investidores reagiam de forma positiva à evolução das negociações comerciais entre a China e os EUA e aos relatórios positivos de balanços corporativos de empresas blue-chip, enquanto estão atentos aos resultados de empresas desse nível e aguardam uma enorme quantidade de dados a serem divulgados antes da abertura.
O blue chip futuros do Dow ganhava 200 pontos, ou 0,79%, às 08h10, os futuros do S&P 500 subiam 15 pontos, ou 0,54%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha alta de 54 pontos ou 0,73%.
Depois que o S&P 500 registrou sua maior queda percentual desde o final de junho na quinta-feira, as bolsas dos EUA pareciam estar em recuperação, já que a China disse que vai realizar uma nova rodada de negociações comerciais com os EUA em Washington ainda neste mês, oferecendo um vislumbre de esperança em relação ao progresso na resolução de um conflito que deixou os mercados mundiais apreensivos.
Uma delegação chinesa liderada pelo vice-ministro do Comércio, Wang Shouwen, se reunirá com representantes dos EUA liderados pelo subsecretário do Tesouro para Assuntos Internacionais, David Malpass, informou o Ministério do Comércio em um comunicado em seu site.
A próxima reunião, que é de nível inferior em comparação com quatro rodadas anteriores de negociações, vem a convite dos EUA, de acordo com o comunicado.
As duas maiores economias do mundo implementaram várias rodadas de tarifas retaliatórias sobre as mercadorias de cada uma desde o começo do ano e ameaçaram impor novas tarifas sobre exportações no valor de centenas de bilhões de dólares.
Com relação a empresas, investidores se concentrarão na última grande onda de resultados corporativos. Até o fechamento de quarta-feira, 462 das empresas do S&P 500 já tinham divulgado balanços. 81% superaram as estimativas de lucro com crescimento de 26,46%, enquanto 75% superaram o consenso das estimativas de vendas com crescimento de 10,74%, segundo The Earnings Scout.
Cisco Systems (NASDAQ:CSCO) saltava quase 7% antes do pregão desta quinta-feira após os resultados trimestrais da constituinte do Dow terem superado tanto as estimativas de vendas quanto de lucros e a empresa fez projeções de números melhores do que se esperava para seu primeiro trimestre fiscal.
Também entre as empresas “blue chip”, ações do Wal-Mart (NYSE:WMT) saltavam quase 7% antes do pregão após os resultados trimestrais terem superado o consenso das estimativas e a gigante do varejo ter elevado sua orientação de resultados para o ano todo.
Fora do Dow, outras empresas que apresentam resultados antes da abertura incluem JC Penney (NYSE:JCP) e Madison Square Garden (NYSE:MSG).
Após o fechamento, Nvidia (NASDAQ:NVDA), Applied Materials (NASDAQ:AMAT) e Nordstrom (NYSE:JWN) estarão em pauta.
Com relação a dados econômicos, investidores terão acesso ao relatório semanal sobre pedidos iniciais de seguro-desemprego, bem como os dados sobre a atividade industrial do Fed de Filadélfia e um relatório sobre construção de casas novas e alvarás de construção no mês de julho.
Enquanto os dados são esperados, o dólar recuava da máximos de 13 meses frente aos principais rivais, já que a evolução nas relações entre os EUA e a China diminuía a aversão ao risco. Às 08h11, o índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, recuava 0,09% para 96,50.
Enquanto isso, as commodities se recuperaram nesta quinta-feira, comemorando planos renovados de negociação entre Washington e Pequim após um forte declínio na sessão anterior.
Às 08h12, os contratos futuros de cobre saltavam 1,91% para US$ 2,609 por libra, o maior aumento em mais de três semanas. O metal vermelho caiu para US$ 2,552, mínima de 14 meses, um dia antes.
O ouro também estava em alta, cotado a US$ 1.186,70 a onça, após ter caído para a mínima durante a noite de US$ 1.167,10, nível não visto desde janeiro de 2017.
No entanto, o petróleo tinha negociações em diferentes direções, com o petróleo dos EUA perto da marca inalterada, já que preocupações com uma desaceleração da demanda global limitavam os ganhos.
Do outro lado do Atlântico, as bolsas europeias operavam em alta, já que o apetite por ativos mais arriscados melhorou na esperança de um degelo na guerra comercial. O FTSE MIB da Itália era a maior exceção, já que as ações da operadora de rodovias Atlantia (MI:ATL) despencavam 17% após o colapso mortal de uma ponte em Gênova nesta semana.
Mais cedo, bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, mas reduziram algumas das perdas mais acentuadas vistas anteriormente em meio ao alívio dos temores de uma guerra comercial. O índice Shanghai Composite fechou em baixa em torno de 0,7% após ter chegado a cair inicialmente 1,9%.