Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - As ações da Cielo (SA:CIEL3) caem 3%, a R$ 2,26 às 11h50, revertendo a alta inicial do começo do dia após a divulgação dos seus resultados do quarto trimestre de 2021. Os números apresentados foram considerados positivos, segundo o BTG e a Mirae Asset, porém ainda é preciso observar as operações nos próximos trimestres.
A receita líquida consolidada da Cielo alcançou R$ 3,1 bilhões no 4T21, aumento de 3,9% em relação ao mesmo trimestre de 2020. O Ebitda consolidado atingiu R$ 789,5 milhões no 4T21, o maior patamar desde o 1T19. Já o lucro líquido totalizou R$ 337 milhões no 4T21, uma alta de 59% sobre o trimestre anterior e de 13% sobre o 4T20.
Os resultados ficaram 55% acima do consenso, segundo o BTG Pactual (SA:BPAC11), auxiliado pelos efeitos fiscais do pagamento de juros sobre capital próprio e pelo fechamento do desinvestimento na Multidisplay/M4U. Ainda assim, o banco destaca que também houve um impacto negativo da descontinuação do aplicativo Cielo Pay.
Já para a Mirae Asset, esse resultado é uma consequência do “crescimento dos volumes capturados, da expansão do negócio de antecipação de recebíveis bem como do melhor desempenho das subsidiárias, em especial a Cateno”.
Ainda assim, a Cielo tem que enfrentar um mercado altamente competitivo, com várias bandeiras disputando espaço, segundo a Mirae. Os próximos meses também podem ser desafiadores, uma vez que a inflação e os juros elevados tendem a prejudicar o comércio.
O BTG acredita que se a Cielo manter o crescimento do lucro nos próximos trimestres, isso traria um viés positivo para as ações, que estariam “inegavelmente” baratas. Mas, por enquanto, o BTG mantém a sua indicação neutra sobre o ativo, com preço-alvo em R$ 2,60. Já a Mirae Asset recomenda compra, com preço-justo de R$ 3,72.