Ações de fornecedores da Apple caem com restrição na China e ameaça da Huawei

Publicado 08.09.2023, 12:06
© Reuters. REUTERS/Thomas Peter

Por Brenda Goh e Ben Blanchard

XANGAI/TAIPÉ (Reuters) - As restrições cada vez maiores da China sobre o uso de iPhones por funcionários do governo intensificaram a venda de ações globais de tecnologia nesta sexta-feira, alimentando os temores de que a Apple (NASDAQ:AAPL) e seus fornecedores possam ser atingidos pelas crescentes tensões entre Washington e Pequim e pela crescente concorrência da Huawei.

As ações da Apple caíram 6,4% nos últimos dois dias, eliminando 190 bilhões de dólares de valor de mercado da empresa, após a notícia de que Pequim ordenou que alguns funcionários do governo central parassem de usar iPhones no trabalho.

Aumentando a pressão sobre a empresa em um de seus maiores mercados, a Huawei lançou nesta sexta-feira dois novos smartphones - um dobrável, o Mate X5, e o Mate 60 Pro+, uma nova adição à linha que chamou a atenção global por demonstrar a capacidade da empresa em obter chips apesar de sanções impostas pelos EUA.

Em Taipé, a fornecedora da Apple, as ações da Largan Precision, que fabrica lentes para câmeras, caíram mais de 4%, enquanto a fabricante de chips TSMC se desvalorizou em 0,6% nesta sexta-feira.

A chinesa Luxshare Precision Industry, fabricante de cabos conectores para iPhone e MacBook, bem como AirPods, e proprietária de fábricas capazes de fabricar iPhones, teve queda de 2%. As ações da empresa também foram atingidas na semana passada pelo lançamento da Huawei.

As ações da SMIC, que se acredita ter fabricado o chip avançado utilizado no novo smartphone da Huawei, subiram 1%, e o setor de semicondutores da China também ganhou 1%.

ESCOPO DAS RESTRIÇÕES NÃO ESTÁ CLARO

Não ficou imediatamente claro o alcance das restrições impostas pela China ao iPhone, mas um funcionário de uma empresa estatal (SOE) em Pequim disse que as medidas se estendem aos visitantes.

"Qualquer pessoa, incluindo visitantes de negócios, que entre em nossa área de trabalho não pode trazer seus iPhones", disse a fonte, um dos dois funcionários da SOE que disseram ter sido informados da proibição nas últimas semanas.

A fonte disse que a empresa está dando aos funcionários um subsídio de 100 a 200 iuans (13 a 26 dólares) para que mudem seus aparelhos para marcas locais. Alguns funcionários de outras empresas estatais, no entanto, disseram à Reuters que não foram proibidos de usar iPhones.

Embora o número de funcionários do governo central não seja público, o Bank of America (NYSE:BAC) estimou que essa proibição poderá reduzir as vendas do iPhone em 5 a 10 milhões de unidades por ano, do total anual da China de até 50 milhões.

Por outro lado, as vendas de smartphones da Huawei, impulsionadas pelo novo Mate 60 Pro, podem aumentar 65% este ano, chegando a 38 milhões de aparelhos, na ausência de alguns "riscos não comerciais", disse Ming-Chi Kuo, analista da TF International Securities.

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