Bitcoin segura nível de US$ 112 mil apesar de vendas de baleias
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - As ações do Grupo Ultra, da Raízen e da Vibra dispararam na bolsa paulista nesta quinta-feira, tendo como pano de fundo uma megaoperação contra fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, que analistas veem positivamente para o setor.
O esquema alvo dos trabalhos contava com a participação de fundos de investimento e fintechs usados para lavar os recursos que, segundo os investigadores, têm ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo a Receita Federal, "trata-se da maior operação contra o crime organizado da história do país em termos de cooperação institucional e amplitude".
"Conforme temos sinalizado, vemos essa postura mais rigorosa em relação aos operadores irregulares como algo positivo para o ambiente do setor, enfrentando a concorrência desleal criada por essas práticas e sustentando as margens para os operadores em conformidade", afirmaram analistas do UBS BB.
"Por outro lado, ainda destacamos a capacidade criativa dos operadores irregulares em encontrar brechas e formas de driblar a regulamentação", acrescentaram em relatório a clientes nesta quinta-feira comentando a notícia.
Por volta de 13h10, o Grupo Ultra, também conhecido como Ultrapar e dono da rede de postos Ipiranga, subia 7,43%, a R$19,82. Raízen, dos postos Shell, valorizava-se 3,77%, a R$1,1; e Vibra, postos BR, avançava 4,67%, a R$24,23. No mesmo horário, o Ibovespa mostrava alta de 1,75%.
Mais cedo, o Grupo Ultra chegou a saltar 8,6%, enquanto Raízen disparou 11,3% e Vibra avançou 6,7%.
"Do nosso ponto de vista, essa notícia está alinhada com nossa previsão de um combate mais intenso às irregularidades no setor de distribuição de combustíveis, o que pode sustentar margens melhores no setor", acrescentaram analistas do Citi em relatório a clientes nesta quinta-feira.