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Ações de varejo sobem mesmo com os juros elevados; entenda os motivos

Publicado 05.09.2022, 15:15
Atualizado 05.09.2022, 15:16
© Reuters.
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Por Ana Beatriz Bartolo

Investing.com - Apesar da alta nos juros, o setor de varejo está liderando as altas do Ibovespa no último mês. As empresas estão se beneficiando dos estímulos econômicos oferecidos pelo governo e pela tendência de queda da inflação, explica Antonio Sanches, analista de investimentos da Rico, que também atribui o movimento aos investidores estarem antecipando o final do ciclo de alta dos juros no começo do ano que vem.

Em agosto, por exemplo, as ações do Assaí (BVMF:ASAI3) acumularam uma alta de 16,03%, as da Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) subiram 65,50%, as da Arezzo (BVMF:ARZZ3) avançaram 16,74%. Enquanto isso, no mesmo período, o Ibovespa rendeu 6%. 

De uma maneira geral, Sanches explica que a alta nos juros afeta negativamente o preço das ações por causa do encarecimento do crédito, do impacto no valuation das empresas e do fluxo de capital que sai da renda variável para a renda fixa.

Olhando especificamente para o setor de varejo, além dos juros elevados, a inflação também têm pesado no resultado das companhias. Isso porque inflação mais alta corrói o poder de compra dos consumidores, penalizando a compra de itens discricionários, como vestuário e eletroeletrônicos da linha branca, por exemplo, uma vez que o foco se volta a produtos essenciais, como alimentos e medicamentos.

Porém, não é isso o que está acontecendo no momento. Sanches explica que hoje, os juros mais altos estão puxando o preço das ações para baixo, o que ajuda na alta dos papéis varejistas. “Isso porque, com os mercados considerando que o ciclo de altas da Selic tenha chegado ao fim, as expectativas dos juros no futuro aliviaram, projetando queda da taxa à frente”, afirma o analista da Rico. 

A previsão da corretora é que a Selic comece a ceder a partir de abril de 2023, diminuindo a pressão dos juros nas empresas da bolsa brasileira. Assim, o fim do ciclo da alta da Selic abre uma oportunidade de compra das ações que até então estavam sofrendo com a tendência de aperto monetário. 

Além disso, as vendas do varejo se beneficiam pelas medidas de estímulo econômico aprovadas recentemente, como a PEC dos Benefícios Sociais, que trazem alívio para a renda disponível da população, podendo estimular a compra de produtos de consumo imediato. 

Inflação em queda

“Com o início de uma normalização nas cadeias produtivas, os efeitos dos juros mais altos e o impacto da redução de impostos no combustível, começamos a ver os primeiros dados de inflação em queda aqui no Brasil. Com isso, as expectativas em relação ao varejo voltaram a melhorar marginalmente”, destaca Sanches.

O IPCA de agosto deve ser divulgado nesta sexta-feira, 09, e a previsão é que o mês traga uma deflação de -0,39%, ante os -0,68% anteriores. No acumulado de 12 meses terminados em agosto, a expectativa é que a inflação fique em 8,72%, frente a 10,07% de julho.

Uma vez que a alta nos preços comece a perder força nos próximos meses, pode-se esperar que a pressão sobre os resultados das empresas também caia, o que cria certo otimismo sobre o setor de varejo, segundo o analista da Rico.

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Resultados individuais

Sanches ainda explica que apesar do peso macroeconômico sobre o setor, o desempenho individual de cada empresa, como resultados trimestrais acima do esperado, também contribui para a valorização das ações.  

“É o caso das empresas com exposição ao ‘Atacarejo’, que seguem competitivas diante do cenário inflacionário atual, por atrair consumidores sensíveis à alta de preços, e o mercado de alta renda, em que o consumidor é menos sensível ao aumento dos preços”, comenta Sanches.

 

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