Por Sruthi Shankar e Susan Mathew
(Reuters) - Alguns balanços fortes ajudaram os mercados acionários europeus a fecharem em alta nesta sexta-feira, mas as bolsas registraram as maiores quedas semanais e mensais desde um expressivo "sell-off" em março, à medida que uma nova rodada de lockdowns induzidos pelo coronavírus diminuía as perspectivas de uma recuperação econômica sustentada.
Os ganhos na grande empresa do setor de energia Total e em alguns bancos espanhóis impulsionaram o índice pan-europeu, que encerrou uma sessão volátil em alta de 0,2%.
Dados mostrando que a economia da zona do euro se recuperou mais fortemente do que o esperado também ajudaram a sustentar os mercados, mas os temores de que a recuperação seria interrompida conforme os países reintroduzissem as restrições para conter uma segunda onda da pandemia mantiveram os ganhos sob controle.
Com a Espanha, um dos piores epicentros da Covid-19 na Europa, declarando estado de emergência até o início de maio, e Alemanha e França reinstituindo restrições rígidas esta semana, o STOXX 600 perdeu mais de 5% na semana, empurrando o desempenho mensal para território negativo.
"Depois da surra no início da semana, a Europa está conseguindo evitar perdas maiores", disse Chris Beauchamp, analista-chefe de mercado da trader online IG.
"Melhores números do PIB podem estar ajudando... mas é mais provável que seja devido ao entendimento de que, mesmo que o quarto trimestre seja absolutamente terrível, o BCE entrará, no devido tempo, com alguma forma de programa de auxílio."
Na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) sinalizou de forma mais clara que vai flexibilizar a política monetária em dezembro para ajudar a economia durante a crise sanitária.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,08%, a 5.577 pontos.
. Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,36%, a 11.556 pontos.
. Em PARIS, o índice CAC-40 avançou 0,54%, a 4.594 pontos.
. Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve alta de 0,4%, a 17.943 pontos.
. Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,63%, a 6.452 pontos.
. Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 2,12%, a 3.945 pontos.