Investing.com - Wall Street operou em alta nesta segunda-feira, com o Nasdaq Composite atingindo novas máximas históricas, o S&P 500 lutou para atingir nova máxima de fechamento recorde e o Dow Jones se manteve próximo da linha dos 19.000, tudo isso com o petróleo registrando alta de 3%, já que há indícios de que a Opep estaria próxima de concretizar um acordo para limitar a produção.
Às 14h38, o Dow Jones avançou 49 pontos, ou 0,26%; o S&P 500 registrou alta de 11 pontos, ou 0,49% e o Nasdaq Composite que reúne as gigantes da tecnologia, subiu 31 pontos, ou 0,58%.
O Nasdaq Composite registrou novo recorde, a 5.362,48 pontos, nesta segunda-feira, enquanto que o S&P de referência mundial sofreu para se manter acima do fechamento anterior de 2.190,15.
O Dow Jones, por sua vez, permaneceu a 15 pontos de distância de sua máxima intradia de 18.934,05, nível atingido em 14 de novembro e sustentado pelo intenso rali pós-eleições, com o nível psicológico de 19.000 dentro de 90 pontos.
As ações americanas continuaram o movimento ascendente, apesar das expectativas de que o Federal Reserve (Fed) elevará os juros pela primeira vez neste ano, e a segunda vez em mais de uma década, na reunião de 13 e 14 de dezembro.
Em seu pronunciamento ao Comitê Econômico Conjunto do congresso americano, em 17 de novembro, a presidente do Fed, Janet Yellen, indicou que o comitê de decisão de política do banco central já sentiu na reunião anterior que uma elevação das taxas "seria relativamente apropriado em breve se os dados futuros fornecessem mais evidências de progresso constante em direção aos objetivos do Comitê."
De acordo com o Monitor das taxas de juros do Fed da Investing.com, as chances de aumento dos juros em dezembro ficaram em 95,4%.
O dólar registrou queda nesta segunda-feira, mas se manteve próximo da máxima de 14 anos frente a outras das principais moedas do mundo, com o otimismo geral com a economia americana desde a eleição de Donald Trump e as expectativas de uma elevação dos juros ainda sustentando a moeda.
Em um dia com nenhum dado econômico relevante, o vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, evitou tecer novos comentários sobre o momento do endurecimento da política e, em vez disso, escolheu observar a "enorme incerteza" sobre que direção o Presidente eleito, Donald Trump, seguiria com suas políticas.
Ele ainda acrescentou que "certas políticas fiscais, especialmente as que aumentam a produtividade, podem amplificar o potencial da economia e ajudar a confrontar alguns de nossos desafios econômicos de longo prazo."
"A combinação de uma melhor infraestrutura pública, melhor educação, mais estímulos para os investimentos privados e regulação mais eficiente provavelmente desempenhará papel importante na promoção de crescimento mais veloz da produtividade e dos padrões de vida", comentou Fischer.
Em relação às empresas, houve diversos exemplos de movimentos corporativos elevando a confiança nas ações.
A Symantec (NASDAQ:SYMC) concordou em adquirir a Lifelock (NYSE:LOCK) por aproximadamente US$ 2,3 bilhões, incluindo dívidas, em um acordo com que a organização afirma que criará a referência mundial da área de segurança do consumidor. As ações tiveram alta de 3% e 15%, respectivamente.
A Headwaters (N:HW) registrou alta de quase 17% após a Australia's Boral Ltd (AX:BLD) declarar que iria adquirir a fabricante de materiais de construção por US$ 1,8 bilhão.
A fabricante de chips analógicos, MACOM Technology Solutions Holdings (NASDAQ:MTSI), declarou nesta segunda-feira que compraria a concorrente Applied Micro Circuits Corporation (NASDAQ:AMCC) por cerca de US$ 770 milhões para expandir a seu negócio de conectividade de datacenters.
A Oracle Corp (NYSE:ORCL) afirmou nesta segunda-feira que adquiriria a Dyn, um monitor de desempenho e tráfego global na internet, apesar de não revelar as condições financeiras.
Além disso, em relação ao setor de tecnologia, as ações do Facebook (NASDAQ:FB) subiram 3% após o anúncio do programa de recompra de ações por US$ 6 bilhões.
No lado negativo, a Tyson Foods (NYSE:NYSE:TSN), processadora de carnes, registrou queda de 14% após apresentar lucro menor que o esperado e declarou que o diretor-chefe executivo seria afastado.
Enquanto isso, o petróleo saltou 3% nesta segunda-feira, com a confiança de que a Opep estaria se aproximando de um acordo sobre o corte de produção para a reunião da próxima semana.
Os especialistas da Opep tiveram progresso no primeiro dia da reunião de dois dias quanto a definição dos detalhes de seu plano de limitar a produção de petróleo, afirmaram fontes da Opep à Reuters nesta segunda-feira
Além disso, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nos comentários de domingo, afirmou que vê uma "alta probabilidade" de se chegar a um acordo para frear a produção de petróleo na reunião marcada para o fim deste mês.
Os relatórios da semana passada mostraram que o grupo decidiu limitar a produção do Irã em vez de cortá-la, o que também gerou alívio no mercado.
O ministro de energia iraniano, Bijan Nambar Zanganeh, confirmou apoio contínuo à implementação do Acordo de Argel no sábado e disse que continua acreditando que é possível chegar a um acordo completo durante a Reunião Ministerial da Opep, marcada para o 30 de novembro, em Viena.
O petróleo bruto americano futuro apresentou alta de 3,49%, sendo negociado a US$ 47,98, às 13h40, no horário de Brasília, enquanto que o barril de Brent operou em alta de 3,5%, atingindo US$ 48,50.