Investing.com - Wall Street operou em leve queda nesta segunda-feira, com uma sessão sem base no pregão dando aos investidores tempo para avaliar o forte movimento de alta da última semana justificado pela vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais.
Às 15h16 no horário de Brasília, o Dow Jones perdeu 22 pontos, ou 0,12%, o S&P 500 caiu 7 pontos, ou 0,33%, enquanto o Nasdaq Composite dos gigantes da tecnologia, registrou queda de 31 pontos, ou 0,59%.
Na semana passada, o Dow registrou sua maior alta semanal desde dezembro de 2011, e o S&P 500 viu seu maior ganho semanal desde outubro de 2014. O Nasdaq Composite subiu 3,8%, o maior salto em uma semana desde fevereiro deste ano.
Apesar de as ações terem se beneficiado das expectativas de que Trump se concentrará nos gastos com infraestrutura e cortes tributários que estimularão a economia assim que assumir o cargo em janeiro, o otimismo em relação às ações dos EUA pareceu perder o fôlego nesta segunda-feira.
Não foi programada nenhuma divulgação importante de dados, o que deu pouco incentivo aos investidores para ajustar suas posições no mercado.
Entretanto, vários diretores do banco central dos EUA firmaram compromisso de aparecer no fim do dia com o presidente do Fed de Dallas, Robert Kaplan, com o intuito de participar de um fórum econômico às 17h20, horário de Brasília.
O presidente do Fed de Richmond, Jeffrey Lacker, e o presidente do Fed de São Francisco, John Williams, foram escalados para comparecer depois do fechamento do mercado nesta segunda-feira.
As especulações de que a inflação começará a aumentar devido às novas políticas de Trump consolidaram as chances de o Fed elevar as taxas na reunião nos dias 13 e 14 de dezembro.
As chances de uma decisão por aperto da política no fim do ano aumentaram para mais de 90% na segunda-feira, antes de recuarem para seus atuais 85,8%, de acordo com o Monitor das taxas de juros do Fed da Investing.com.
Isso pode ser comparado às chances de 58,6% antes da reunião de setembro ou 73,3% antes da decisão, em novembro, de permanecer em espera.
A presidente do Fed, Janet Yellen, pode estabelecer o recorde em relação ao futuro da política monetária em seu depoimento ao congresso, na próxima terça-feira.
Enquanto isso, as crescentes expectativas de alta na taxa de juros estão causando uma queda nos títulos da dívida no mundo, já que os investidores exigem maiores rendimentos, com mais de 1 trilhão de dólares sendo resgatados dos títulos da dívida no mundo na última semana. Os preços e rendimentos dos títulos de dívida movimentam-se inversamente.
Enquanto a liquidação continua, o rendimento de ambos os títulos do tesouro, o de 2 anos e o de 10 anos, atingiram sua maior alta desde janeiro, antes de se estabilizarem no meio da manhã.
O dólar também se beneficiou das expectativas de alta da inflação, atingindo a maior alta dos últimos 11 meses em relação a outras moedas importantes.
Em um dia com poucas notícias das empresas, os investidores se concentraram em atividades de fusão e aquisição.
As ações da Harman International Industries (NYSE:HAR) subiram mais de 25% após a empresa receber uma oferta de US$ 8 bilhões da Samsung Electronics (KS:005930).
A Mentor Graphics Corporation (NASDAQ:MENT) também registrou alta de mais de 18%, após a Siemens AG (DE:SIEGn) fechar sua aquisição em um acordo de US$ 4,45 bilhões.
Enquanto isso, o preço do petróleo continua em queda livre há três meses em virtude de um dólar forte e da desconfiança de que a Opep não conseguirá atingir um acordo na reunião do grupo em 30 de novembro, que terá um impacto significativo na redução do corte do abastecimento global.
Os dados do fim da sexta-feira mostraram que os produtores de petróleo continuaram aumentando a produção. De acordo com Baker Hughes, o número de plataformas de petróleo em atividade nos EUA aumentou em 2 na semana anterior, apresentando seu 21º aumento nas últimas 24 semanas.
O petróleo bruto futuro dos EUA caiu 2,40%, a US$ 42,37, às 15h19, horário de Brasília, enquanto o petróleo Brent teve baixa de 2,21%, atingindo US$ 43,76.