Investing.com - As ações da Oi despencavam na manhã desta segunda-feira, 06, com o rebaixamento de agência de rating, expectativa de uma nova recuperação judicial e possibilidade de uma intervenção direta da agência reguladora.
Às 10h53 (de Brasília), as ações ordinárias (BVMF:OIBR3) caíam 10,06%, a R$1,42, enquanto as preferenciais (BVMF:OIBR4) recuavam 7,95%, a R$3,36.
Na sexta-feira, 03, a Oi informou em fato relevante que a 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro concedeu tutela de urgência cautelar à companhia, determinando a suspensão da exigibilidade de todas as obrigações e cláusulas de vencimento antecipado. A medida protege a companhia contra credores, sendo que as dívidas apontadas pela empresa seriam de R$29 bilhões, sem sucesso de renegociação até o momento.
O pedido ocorre somente um mês após a finalização do processo de recuperação judicial que iniciou em 2017, o mais longo de todo o país. A companhia se comprometeu a vender parte dos negócios, mas o resultado não ocorreu conforme o previsto.
Na visão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que acompanha o caso com preocupação, a medida seria um primeiro passo para que a Oi pedisse nos próximos dias um novo pedido de recuperação judicial – mesmo processo ocorrido nas Americanas recentemente. Segundo fontes ouvidas pelo Estadão, haveria o risco de que a Oi sofresse uma intervenção direta, levando em consideração o risco que a descontinuidade em operações representa pela interconexão de infraestrutura das telecomunicações no Brasil. A empresa de telefonia é hoje líder em conexões por fibra em diversos estados do país.
O mercado aguarda os próximos passos da companhia, com a expectativa de um novo pedido de recuperação judicial em breve. Enquanto isso, a agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou a classificação da Oi de “CC” para “C”, apontando que a nota pode piorar se a empresa iniciar um novo processo de recuperação e as pendências das dívidas forem parar na Justiça.
Falando em recuperação judicial: Para mais detalhes sobre a situação da Americanas, confira mais um episódio do Podcast Tese de Investimentos.
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