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Advogados abrem ação contra Vale nos EUA por perdas com rompimento de barragem em MG

Publicado 29.01.2019, 13:24
© Reuters. Manifestante coberta de lama protesta em frente à sede da Vale no Rio de Janeiro
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Por Jonathan Stempel

(Reuters) - Um escritório de advocacia entrou com ação contra a Vale (SA:VALE3) e executivos da companhia nos Estados Unidos, sob alegação de que a mineradora mentiu ou omitiu informações sobre suas operações dos investidores, causando a eles enormes perdas financeiras após o rompimento de uma barragem da empresa em Brumadinho (MG) na semana passada.

A barragem, que entrou em colapso na sexta-feira, continha cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro da mina Córrego do Feijão.

Com a ruptura, uma avalanche de lama atingiu refeitório e área administrativa da Vale, assim como comunidades, vegetações e rios da região. Ao menos 65 mortos e 279 desaparecidos estão desaparecidos com o desastre.

A ação foi ajuizada no distrito de Brooklyn, Nova York, na noite de segunda-feira, mesmo dia em que as ações da mineradora desabaram 24,5 por cento na bolsa brasileira, o que representou uma perda de mais de 70 bilhões de reais em valor de mercado.

Em petição em nome de Bryan Rauch, o escritório The Rosen Law Firm pediu que o processo seja declarado uma "class action" e que a firma de advocacia possa liderar a ação em nome de outros investidores que se sentirem lesados.

A ação pretende representar pessoas ou instituições que compraram valores mobiliários da Vale entre 13 de abril de 2018 e 28 de janeiro deste ano.

São alvos do processo tanto a Vale quanto o presidente-executivo da companhia, Fabio Schvarstman, e o diretor financeiro, Luciano Siani.

"Como resultado de atos ilícitos e omissões dos réus, e da queda abrupta no valor de mercado das ações ordinárias da companhia, o autor e outros membros da classe sofreram perdas e danos significativos", alegaram os advogados.

A ação tem como base declarações da Vale à reguladora norte-americana, a SEC, por meio dos formulários 20-F e 6-K, apresentados em 2017 e 2018, nos quais a Vale afirmou que monitora e inspeciona suas barragens.

Também foram levadas em conta em declarações da companhia após o rompimento de uma barragem em Mariana (MG) em 2015, quando a mineradora disse que tomaria medidas para que um desastre como aquele nunca mais acontecesse.

© Reuters. Manifestante coberta de lama protesta em frente à sede da Vale no Rio de Janeiro

"Os posicionamentos... eram materialmente falsos ou buscavam confundir, uma vez que não representaram adequadamente ou falharam em evidenciar fatos adversos nos negócios, operações e projeções da companhia que eram de conhecimento dos réus ou foram deliberadamente ignorados por eles", acusaram os advogados na ação.

O desastre ocorreu cerca de três anos após o rompimento de uma barragem da mineradora Samarco (joint venture da Vale e da anglo-australiana BHP), em Mariana (MG), que deixou 19 mortos, centenas de desabrigados e poluiu o rio Doce, em todo o seu percurso, até o mar do Espírito Santo.

Procurada, a Vale não comentou de imediato a ação aberta nos EUA.

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