📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

AGU pede ao STF que União tenha voto proporcional à sua participação na Eletrobras

Publicado 05.05.2023, 19:48
Atualizado 05.05.2023, 19:50
© Reuters. Sede da Eletrobras, no Rio de Janeiro
03/01/2019
REUTERS/Pilar Olivares
ELET3
-

Por Andre Romani

SÃO PAULO (Reuters) - A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) em ação direta de inconstitucionalidade que conceda à União um poder de voto na Eletrobras (BVMF:ELET3) proporcional à sua participação na elétrica, informou o órgão nesta sexta-feira.

A liminar, na prática, pede a vedação de parte da Lei de Desestatização da Eletrobras. A ação também foi subscrita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo comunicado da AGU.

Lula é um forte crítico da privatização da Eletrobras, que ocorreu no ano passado durante o governo do antecessor Jair Bolsonaro. O presidente, inclusive, já indicou que a AGU pediria na Justiça uma revisão do contrato de privatização.

A AGU disse, porém, que "a finalidade da ação não é a reestatização da Eletrobras, que continuará a ser uma empresa sob gestão privada, mas sim o resguardo do interesse público".

Na areumentação que consta na ação, a medida busca uma "interpretação adequada da legislação para que a União possa participar da gestão da Eletrobras de forma proporcional ao investimento público que possui na empresa, e à sua responsabilidade na gestão de recursos energéticos", conforme comunicado da AGU.

A União tem cerca de 43% das ações ordinárias da Eletrobras, considerando participação direta e indireta, mas a lei proíbe que acionista ou grupo de acionistas exerça votos em número superior a 10% na elétrica, entendimento válido apenas no caso de acionistas que já detinham essa posição antes da privatização.

Procurada, a Eletrobras disse que não vai comentar..

A Reuters mostrou em abril que o STF deveria barrar um eventual pedido do governo Lula para revisão do processo de privatização da Eletrobras, conforme dito por três fontes da corte na ocasião.

Mais cedo nesta sexta-feira, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, reafirmou sua visão de que qualquer reversão dos termos da desestatização da companhia é "improvável" e avaliou que a privatização se trata de um ato perfeito do ponto de vista jurídico, o que reduz as chances de uma reversão.

© Reuters. Sede da Eletrobras, no Rio de Janeiro
03/01/2019
REUTERS/Pilar Olivares

Além disso, Ferreira Júnior comentou a notícia da Folha de S.Paulo segundo a qual o governo teria pedido substituições no Conselho de Administração e na diretoria-executiva da Eletrobras.

"Estou ouvindo pela primeira vez, não fui procurado por ninguém com esse tipo de manifestação", disse o executivo, lembrando que o conselho de administração da elétrica foi eleito por assembleia de acionistas e que sua posição como presidente foi delegada pelo conselho.

(Por André Romani, em São Paulo; reportagem adicional de Marta Nogueira, no Rio de Janeiro)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.