Por Tom Miles e Tim (SA:TIMP3) Hepher
GENEBRA/PARIS (Reuters) - As duas maiores fabricantes de aviões do mundo estão se preparando para a próxima rodada de uma disputa transatlântica de bilhões de dólares em subsídios a aeronaves, em meio a acusações de ampliação do apoio dos Estados Unidos para a Boeing e ajuda europeia persistente para a Airbus.
Depois de uma pausa de um ano, a maior disputa comercial do mundo vai entrar numa fase importante nos próximos meses, potencialmente lançando uma sombra sobre esforços de União Europeia e Estados Unidos para negociar um acordo de livre comércio em geral.
Em jogo estão reclamações mútuas de subsídios injustos para os dois fabricantes de aeronaves que criam a perspectiva de ameaças de 22 bilhões de dólares por ano em sanções comerciais, embora muitos digam que uma solução deve levar anos e poderia, em última análise, envolver a negociação de um acordo.
A disputa, que dizem ser a maior em termos de valor e de tempo, remonta a 2004, quando os EUA solicitaram que a Organização Mundial do Comércio (OMC) agisse contra os empréstimos de governos europeus para ajudar a Airbus a desenvolver jatos, como o superjumbo A380, seguido por uma reclamação da UE sobre a ajuda federal e local para a Boeing.
Em decisões separadas, a OMC concluiu que as duas empresas tinham se beneficiado de bilhões de dólares em subsídios injustos.
O caso está agora atolado em argumentos sobre se cada um dos lados cumpriu ordens para retirada dos subsídios ilegais e desfez efeitos da maior parte da ajuda que, embora não proibida, pode ser contestada.
Depois de um atraso de três anos, a OMC deve decidir dentro de semanas se a UE obedeceu suas decisões, seguido de um relatório semelhante sobre os EUA no início do próximo ano.