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A big tech Amazon (BVMF:AMZO34) (NASDAQ:AMZN) decidiu aumentar os gastos com publicidade no X (ex-Twitter). A medida se dá em um momento de aproximação de Jeff Bezos, CEO da empresa, com Elon Musk, proprietário da rede social.
A informação é do Wall Street Journal. De acordo com o jornal, o papel de Musk no governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), está atraindo grandes empresas que haviam decidido diminuir ou zerar os gastos com publicidade no X. O bilionário vai assumir o Doge (Departamento de Eficiência Governamental).
O Wall Street Journal informou que o diretor-executivo da Amazon, Andy Jassy, esteve envolvido na decisão de aumentar o gasto com publicidade no X. Isso, segundo o jornal, pode fazer com que os valores envolvidos aumentem de forma significativa.
A publicação afirmou que a Apple (NASDAQ:AAPL) é outra empresa que analisa um aumento nas despesas de publicidade no X. Mas, conforme o jornal, as marcas ainda investem em um nível inferior ao que era observado antes da aquisição do então Twitter por Musk.
A volta das despesas com publicidade por grandes empresas vem em um momento oportuno para Musk. De acordo com o Wall Street Journal, os bancos de investimento que emprestaram dinheiro ao empresário para efetivar a compra da rede social por US$ 44 bilhões em 2022 precisam liberar as dívidas de seus registros. Para isso, procuram vender essas dívidas a um valor entre 90 e 95 centavos de dólar para cada unidade da moeda. Essa venda seria facilitada caso as finanças do X melhorem.
Anunciantes passaram a deixar o X logo depois da aquisição de Musk, alegando aumento na disseminação do discurso de ódio, que seria viabilizado pela política de baixa moderação de conteúdo implementada pelo empresário. Enquanto os lucros caíam, Musk tentou reverter a situação, implementando, por exemplo, inscrições premium, mas a publicidade segue sendo crucial para a saúde financeira da rede social.
Além dos anunciantes, perfis diversos decidiram deixar o X, também citando o aumento do discurso de ódio na plataforma como causa para a saída. Mais recentemente, a cidade de Barcelona, na Espanha, anunciou a saída definitiva de seus perfis do X, valendo a partir desta 6ª feira (31.jan.2025).
Em comunicado, a prefeitura justificou a decisão como um reforço ao compromisso com o direito dos cidadãos de receber “informações verdadeiras e honestas”.
A cidade de Paris, na França, foi outra cidade europeia que saiu da rede social, por causa da “promoção de discurso de ódio e desinformação”.
O jornal francês Le Monde publicou um editorial dizendo que deixaria o X e que as alianças entre o presidente Donald Trump e donos de redes sociais como Elon Musk (X) e Mark Zuckerberg (Meta) representam uma ameaça ao acesso à informação confiável.
O clube de futebol alemão St. Pauli, conhecido pelo ativismo social, também decidiu encerrar as atividades no X. O clube criticou a gestão de Elon Musk por permitir a propagação de discursos de ódio, racismo e teorias conspiratórias na rede social.