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Investing.com - Com elevações nas taxas de juros, os países da América Latina terão custos de empréstimos crescentes, aumentando também o custo do capital próprio, impactando nos múltiplos de avaliação e pesando no desempenho do preço dos ativos. Essa é a avaliação da Julius Bär, segundo informações que constam em nota divulgada ao mercado na sexta–feira (8).
“Vemos as ações latino-americanas agora sendo negociadas a mais de três desvios padrão abaixo da média de longo prazo da relação preço-lucro de 12 meses. Embora isso possa implicar um certo desconto e, portanto, parecer muito atraente, ao mesmo tempo reflete o ambiente de risco elevado”, aponta o estrategista de ações da Julius Bär Leonardo Pellandini.
De acordo com o analista, os indicadores macroeconômicos continuam desafiadores e o cenário político acentua a volatilidade nos mercados. “Fortes sinais de recessão nos EUA funcionariam como um vento contrário, assim como os esforços dos governos para limitar o aumento dos preços dos alimentos e da energia, o que poderia fermentar a agitação social se as intervenções não funcionarem conforme o planejado”, completa.
Com o índice MSCI Latin America negativo neste ano, a expectativa da Julius Bär é de que outros mercados emergentes superem a América Latina, tendo em vista a recuperação da após os bloqueios contra a Covid-19, que o aperto da política monetária pelo Federal Reserve dos EUA provavelmente será digerido, e que uma moeda americana potencialmente mais fraca tenderia a auxiliar as ações de mercados emergentes não latino-americanos a se recuperarem.