🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Analistas do Goldman Sachs veem investidores brasileiros com viés ainda negativo para varejo

Publicado 25.09.2023, 15:35
© Reuters. Painel de cotações na B3 em São Paulo
06/07/2023 REUTERS/Amanda Perobelli
GS
-
MELI
-
AZZA3
-
LREN3
-
MGLU3
-
NTCO3
-
RADL3
-
CRFB3
-
VIVA3
-
SOMA3
-
PETZ3
-
ASAI3
-

SÃO PAULO (Reuters) - Analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) reuniram-se com investidores no Brasil na semana passada e observaram que a visão para o varejo continua relativamente negativa, com preocupações que vão desde a dinâmica de alavancagem e do fluxo de caixa até à demanda ainda fraca por parte das famílias excessivamente endividadas e ao risco regulatório para benefícios fiscais.

"O sentimento em relação ao setor permanece, de modo geral, relativamente negativo, com apenas alguns investidores dispostos a olhar além da atual fraqueza de curto prazo na demanda dos consumidores para se concentrarem nos benefícios potenciais dos cortes cumulativos dos juros e da desalavancagem gradual das famílias -- e dos balanços das empresas", afirmaram Irma Sgarz e equipe em relatório enviado a clientes.

Eles acrescentaram que o fluxo recente de notícias sobre potenciais alterações em incentivos fiscais está pesando ainda mais, com os investidores demonstrando uma convicção relativamente limitada sobre quais os benefícios que podem ser protegidos e quais os que podem ser descontinuados.

No caso do varejo discricionário, a equipe do banco norte-americano apurou que os investidores concentraram-se sobretudo nos varejistas de vestuário, embora com um posicionamento leve, enquanto o interesse no segmento de bens duráveis, de empresas como Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) e Casas Bahia ou de artigos para animais de estimação -- Petz (BVMF:PETZ3) -- era limitado.

"Investidores pareceram mais construtivos em relação à varejista de joias Vivara (BVMF:VIVA3) e à operadora de academias Smartfit (o Goldman Sachs não cobre essas empresas) e também permanecem globalmente positivos em relação à Arezzo&Co (BVMF:ARZZ3), de quem investidores valorizam o perfil de crescimento consistente e o maior foco da administração nas margens", afirmaram.

Eles afirmaram que Lojas Renner (BVMF:LREN3) dividiu opiniões, com alguns expressando preocupações sobre a visibilidade ainda relativamente limitada dos lucros no curto prazo e algumas desvantagens adicionais nas estimativas de consenso.

"Alguns investidores também estavam interessados em discutir qual deveria ser um múltiplo justo para a ação da Lojas Renner, com alguns defendendo um 'de-rating' mais estrutural, enquanto outros foram mais construtivos devido à inflexão dos lucros passar para a linha de visão", observaram, citando que a preocupação em torno da concorrência externa ainda prevalece.

Para o Grupo Soma (BVMF:SOMA3), destacaram que o sentimento permanece cauteloso, principalmente devido à exposição da empresa a benefícios fiscais e à incerteza contínua sobre quanto destes benefícios podem ser preservados ou compensados por outras iniciativas de planejamento fiscal.

No caso do varejo alimentar, a visão é, no geral, extremamente cautelosa, com investidores temendo que o crescimento das vendas mesmas lojas estimado para o terceiro trimestre possa mais uma vez ser negativo para o segmento de atacarejo, dado o ambiente de queda dos preços dos alimentos.

Em relação a Assaí (BVMF:ASAI3), segundo os analistas, há receios com a alavancagem da empresa, a geração de caixa no curto prazo e o cronograma de desembolso de investimentos. Quanto ao Carrefour (BVMF:CRFB3) Brasil, há preocupações semelhantes às que cercam o Assai, além de visibilidade limitada sobre o potencial de recuperação do portfólio das lojas BIG.

As opiniões sobre Natura&Co (BVMF:NTCO3) não foram unânimes, mas no geral positivas, embora parte disso a partir de uma perspectiva orientada por eventos, notadamente a perspectiva de venda da unidade The Body Shop.

Eles também notaram que investidores acreditam, de modo geral, que a administração da fabricante de cosméticos está direcionando a recuperação na direção certa e gerindo adequadamente as expectativas de curto prazo. "No entanto, veem uma visibilidade limitada nos lucros nos próximos trimestres, à medida que a empresa avança mais profundamente na implementação da Onda 2", afirmou a equipe do Goldman Sachs.

RD (BVMF:RADL3), afirmaram os analistas, continua a ser um consenso claro no lado positivo, com os investidores não avaliando que a ação está "esticada" dado o crescimento confiável e visibilidade de lucros.

Sgarz e equipe também observaram que investidores locais permaneceram "esmagadoramente" positivos em relação Mercado Livre (NASDAQ:MELI).

© Reuters. Painel de cotações na B3 em São Paulo
06/07/2023 REUTERS/Amanda Perobelli

"No geral, investidores locais estão talvez um pouco mais preocupados com a exposição da empresa à Argentina -- com o receio de uma recessão a superar agora o temor de uma desvalorização --, embora a maioria também reconheça que o México era agora um contribuidor cada vez mais importante para os resultados globais", escreveram no relatório.

Por outro lado, os analistas afirmaram que ouviram relativamente menos preocupação em torno da dinâmica de concorrência global, destacando que investidores continuam a monitorar a questão, mas acreditam que mais ajustes poderão ocorrer à medida que o programa Remessa Conforme caminha e potenciais alterações em tributos federais de importação possam ocorrer em 2024.

(Por Paula Arend Laier)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.