Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - Os papéis da nima Educação caíam 3,94%, a R$ 8,28, após a companhia apresentar prejuízo líquido de R$ 33,1 milhões no quarto trimestre de 2020, acima do prejuízo de R$ 28,3 milhões do mesmo período do ano anterior, informou a companhia nesta quarta-feira (18).
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Segundo comunicado apresentado à Comissão de Valores Mobiliários, no ano, o prejuízo foi de R$ 41,1 milhões, impactado pelas provisões de R$ 10,1 milhões.
A receita líquida do último trimestre do ano ficou em R$ 375,9 milhões, alta de 17,5% na base anual, enquanto o EBITDA ajustado foi de R$ 65,5 milhões, alta de 8,3%.
A companhia encerrou o ano com uma base média consolidada de 119.400 alunos, crescimento de 5,6% em relação a 2019. Sem considerar aquisições, porém, a base média caiu 0,1%.
A taxa de evasão no quarto trimestre foi de 4,8%, 1,1 ponto percentual acima de 2019, somando 5.400 alunos comparado a 3.900 no mesmo período do ano anterior. O ticket médio foi de R$ 1.003, superior em 15,2% a 2019.
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Em relação ao FIES, a captação de novos alunos caiu de 10,7% da base do quarto trimestre do ano anterior para 4,9% em dezembro, “sem perspectiva” de mudança na trajetória de redução dessa modalidade de financiamento estudantil, dada a situação de pressão fiscal agravada pela pandemia, escrevem.
Em relação às despesas, a empresa apontou um crescimento de 0,8 ponto percentual na fatia da receita líquida, de 9,1% em 2019 para 9,9% em 2020, explicados pelas iniciativas de digitalização e pelas recentes aquisições.
O que dizem os analistas
Para os analistas da Ativa Investimentos, a nima apresentou um resultado em linha com as expectativas, com aumento de receita, impactada pelo crescimento tanto de base de alunos quanto do ticket médio.
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Eles citam os ganhos de eficiência, que também permitiram expansão de margem bruta.
Por outra lado, maiores despesas com depreciação e amortização, além de um resultado financeiro mais fraco resultaram em prejuízo líquido no período.
Já a XP Investimentos também escreveu, em relatório, que a companhia registrou crescimento na receita líquida devido ao ticket médio mais alto e ainda a um forte desempenho da margem bruta devido a menores despesas com pessoal.
Porém, para fazer frente a um cenário mais desafiador para a captação e rematrículas por conta da Covid, a empresa gastou mais em marketing e teve maiores provisões para devedores duvidosos, pressionando a margem EBITDA.
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Os analistas ainda apontaram para um desempenho robusto em termos de margens, liderado por uma redução principalmente nos custos de pessoal e de terceiros.
Segundo eles, a atenção está no ciclo de captação de 2021, que provavelmente será impactado negativamente pela segunda onda da Covid no Brasil.
Ainda assim, continuam otimistas com as perspectivas de longo prazo para a empresa, com recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 15,00.