Investing.com - Na parte da tarde desta sexta-feira, as ações do Burger King (SA:BKBR3) Brasil operam com forte queda de 5,95% a R$ 20,25. A operadora da rede de lanchonetes registrou no segundo trimestre do ano um prejuízo de R$ 600 mil, contra o lucro de R$ 8,6 milhões de um ano atrás. Os números estão contabilizados as regras da metodologia IFRS 16, que, se fossem excluídos, o trimestre teria sido de lucro de R$ 6,1 milhões.
Entre abril e junho, a receita operacional líquida da companhia foi de R$ 675,9 milhões, um crescimento de 25,9% ante os R$ 536,9 milhões reportados um ano antes. No semestre, o crescimento do de 31,6%, indo de R$ 1,019 bilhão para R$ 1,341,2 milhões.
No 2T19, o EBITDA ajustado atingiu R$95 milhões, refletindo a adoção da nova norma contábil IFRS 16. Excluindo esse impacto, o EBITDA ajustado teria apresentado um aumento de 31,1%, passando de R$49 milhões no 2T18 para R$65 milhões.
O crescimento do EBITDA ajustado, excluindo os efeitos do IFRS 16, se deu pelo aumento da receita operacional líquida, refletindo o crescimento de vendas comparáveis nos mesmos restaurantes, pelo aumento de lucro bruto e controle de despesas gerais e administrativas corporativas, parcialmente compensado por maiores despesas com vendas. Com isso, a margem EBITDA ajustada (excluindo os efeitos do IFRS 16) melhorou 40 bps, atingindo 9,6%.
Em relatório enviado a clientes, o Itaú BBA avaliou que os números da companhia são fracos e decepcionaram o mercado ao ficar abaixo das expectativas. Para o analista Joaquim Ley, o crescimento de dois dígitos nas vendas mesmas lojas não foi o suficiente para afastar a preocupação com a desalavancagem operacional da empresa no trimestre, que se beneficiou de um crédito de imposto na linha de custo.
Para a companhia, a recomendação é Outperform com preço-alvo de R$ 26,00.