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BERLIM (Reuters) - A Apple não pode mais anunciar seu Apple Watch como um "produto neutro em termos de CO2" na Alemanha, após uma decisão judicial nesta terça-feira que ficou do lado dos ambientalistas ao concluir que a empresa de tecnologia dos EUA havia enganado os consumidores.
A Apple promoveu o dispositivo online como "nosso primeiro produto neutro em CO2", uma alegação considerada por um painel de juízes como infundada e em violação da lei de concorrência alemã, de acordo com uma declaração de um tribunal regional em Frankfurt.
A Apple não quis comentar a decisão, que pode ser objeto de recurso.
A Apple baseou sua alegação de neutralidade de carbono em um projeto que opera no Paraguai para compensar as emissões por meio do plantio de árvores de eucalipto em terras arrendadas.
No entanto, o tribunal de Frankfurt afirmou que os arrendamentos de 75% da área do projeto não estavam garantidos para além de 2029 e que a empresa não podia garantir que esses contratos seriam prorrogados.
"Não há um futuro seguro para a continuação do projeto florestal", diz a declaração.
O grupo ambientalista Deutsche Umwelthilfe (DUH na sigla em alemão), que moveu o processo contra a Apple, afirmou que a decisão do tribunal é um sucesso contra a "lavagem verde".
"O suposto armazenamento de CO2 em plantações comerciais de eucalipto é limitado a apenas alguns anos, as garantias contratuais para o futuro não são suficientes e a integridade ecológica das áreas de monocultura não é garantida", disse em um comunicado o líder da DUH, Juergen Resch.
(Reportagem de Rachel More)