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Argo Energia mira próximo leilão de transmissão após mudança no controle, diz CEO

Publicado 05.06.2020, 16:31
Atualizado 05.06.2020, 16:35
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Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A Argo Energia tem se preparado para disputar o próximo leilão de concessões para novos projetos de transmissão de eletricidade no Brasil, que pode acontecer em dezembro, disse à Reuters nesta sexta-feira o novo presidente da companhia, José Ragone, que assumiu o cargo há cerca de um mês.

A movimentação da Argo, que também está aberta a avaliar oportunidades de aquisição, vem depois de a empresa ter mudado recentemente de controle, ao ser adquirida pelo grupo colombiano Energía Bogotá e pela espanhola Red Eléctrica.

O negócio, fechado pelas empresas junto à gestora Pátria Investimentos por cerca de 3,5 bilhões de reais no ano passado, foi concluído em março.

"A Argo vai participar do próximo leilão. Nós já estaremos em operação com praticamente 100% de nossas concessões. Então esse leilão vem no tempo certo para que possamos iniciar um novo esforço para implementação das novas concessões que por ventura venhamos a ganhar", disse o CEO, em conversa por telefone.

"E, naturalmente, oportunidades em M&A (fusões e aquisições) também serão avaliadas, caso surjam, mas sempre de uma forma bastante criteriosa e seletiva, com posicionamento de longo prazo", acrescentou o executivo, que antes já foi presidente da transmissora Taesa (SA:TAEE11).

O certame em dezembro, no entanto, ainda não é certo. A licitação havia sido originalmente programada para junho, mas foi suspensa pelo Ministério de Minas e Energia devido a incertezas associadas à pandemia de coronavírus. A pasta ainda precisa decidir se o leilão de fato será realizado neste ano.

Criada pelo Pátria Investimentos após o grupo ter arrematado uma grande concessão de transmissão em leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em abril de 2016, a Argo cresceu desde então e hoje tem em carteira três ativos no setor.

O primeiro e maior empreendimento da companhia está em operação desde outubro do ano passado. Um segundo projeto deve ser concluído em novembro, enquanto um terceiro já possui parte de suas instalações em funcionamento e deverá estar 100% operacional no primeiro semestre de 2021, segundo Ragone.

Embora a diretoria da Aneel tenha aprovado nesta semana a prorrogação por quatro meses dos cronogramas de quase todos empreendimentos de transmissão atualmente em implementação, a Argo está adiantada em seus trabalhos e não precisará utilizar esse prazo, acrescentou ele.

"Aquele prazo adicional não se aplica a nenhuma de nossas concessões, inclusive porque estamos trabalhando para uma antecipação", afirmou.

A iniciativa da Aneel veio após queixas de diversas empresas sobre problemas de custos e prazos devido a impactos da pandemia de coronavírus e medidas de isolamento adotadas contra o vírus em diversos Estados.

"Temos adotado medidas de proteção, protocolos rígidos de controle de saúde, de contato, o que nos possibilita até agora uma continuidade dos cronogramas", acrescentou Ragone.

INTERESSE EM BRASIL

Tanto a Energía Bogotá quanto a Red Eléctrica avaliavam o mercado de transmissão de energia do Brasil há algum tempo, e a compra da Argo veio como aposta em um veículo que possa ser usado para estruturar investimentos no país no longo prazo.

"Os dois grupos já vinham olhando há alguns anos. E, efetivamente, na América Latina, o segmento de transmissão do Brasil é o que tem um planejamento de longo prazo com as melhores oportunidades", disse Ragone.

Ele afirmou que, além dos movimentos que visam expansão, sua gestão se concentrará também na busca por eficiência nas frentes operacional e financeira, inclusive com avaliações sobre a estrutura societária e os aspectos fiscais da empresa.

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"São dois movimentos paralelos. Estamos nos 'eficientizando' e já estamos preparados para oportunidades."

Segundo o executivo, a Argo e seus acionistas não trabalham no momento com metas específicas em termos de investimentos ou expansão física.

Os ativos da Argo incluem linhas de transmissão e subestações no Maranhão, Piauí, Ceará, Minas Gerais e Rondônia. Quando totalmente operacionais, eles renderão uma receita anual de cerca de 600 milhões de reais à companhia.

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