Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), desmembrou o principal inquérito que tramita na corte sobre a operação e, com isso, acusados ligados ao PP, ao PT e às bancadas do PMDB no Senado e na Câmara responderão a investigações separadas.
A decisão de Teori, divulgada nesta quinta-feira, atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República e colocará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um inquérito separado da Lava Jato ao lado de outros petistas, como o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto e os ex-ministros Jaques Wagner, Edinho Silva, Ricardo Berzoini, Erenice Guerra e Antonio Palocci.
Também estão no inquérito que investiga nomes ligados ao PT o ex-presidente da Petrobras (SA:PETR4) José Sérgio Gabrielli e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, além de Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete da ex-presidente Dilma Rousseff, do ex-senador Delcídio do Amaral e do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.
No inquérito que investiga supostos crimes ligados ao PMDB no Senado estão o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e os senadores peemedebistas Edison Lobão (MA), Romero Jucá (RR), Valdir Raupp (RO), Jáder Barbalho (PA), além de outras pessoas.
Teori colocou como investigados no inquérito sobre o PMDB na Câmara o atual líder do governo na Casa, André Moura (PSC-SE), o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras, entre outros.
Permanecerão no inquérito original apenas os nomes ligados ao PP, entre eles os dos ex-ministros Mario Negromonte e Aguinaldo Ribeiro e do senador Ciro Nogueira (PI).