Investing.com – O mercado futuro de Wall Street apontava para uma abertura em alta nesta quinta-feira, embora a maioria dos investidores tinha o foco de suas atenções nos desdobramentos envolvendo a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em Viena.
O blue chip futuros do Dow ganhava 71 pontos, ou 0,34%, às 7h02 em horário local (8h02 em horário de Brasília), os futuros do S&P 500 subiam 7 pontos, ou 0,29%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha alta de 20 pontos ou 0,35%.
Enquanto aguardavam a entrevista coletiva oficial agendada provisoriamente para 12h (horário de Brasília) ao fim das deliberações entre países produtores da OPEP e externos à organização, vários ministros de energia declararam nesta quinta-feira que o consenso era de estender o acordo prévio de cortes na produção por mais nove meses.
Em novembro do ano passado, a OPEP e outros 11 produtores externos à organização, incluindo a Rússia, concordaram em cortar cerca de 1,8 milhão de barris por dia da produção de petróleo entre 1.º de janeiro e 30 de junho.
Khalid al-Falih, ministro de energia da Arábia Saudita, afirmou que os produtores da OPEP e de fora da organização provavelmente decidirão estender os cortes na produção por mais nove meses, mas os manterão no mesmo nível pois o consenso é de que cortes mais profundos não são necessários agora.
Com os comentários de al-Falih, preços do petróleo passaram a cair acentuadamente após terem subido mais de 1% mais cedo. Após um período de volatilidade com o petróleo oscilando entre o azul e o vermelho, o sentimento pessimista parece tomar espaço.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 1,05%, atingindo US$ 50,59 às 7h02em horário local (8h02 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha queda de 1,30%, com o barril negociado a US$ 53,26.
Além da entrevista coletiva, agentes do mercado também estarão atentos à publicação dos pedidos contínuos de seguro-desemprego às 09h30 (horário de Brasília).
Investidores também prestarão atenção a algumas aparições públicas de membros do Federal Reserve (Fed).
Lael Brainard, dirigente do Fed, participará de um debate sobre questões econômicas globais às 11h (horário de Brasília), enquanto James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, fará um discurso dobre economia e política monetária dos EUA após o fechamento do mercado às 23h (horário de Brasília).
As atas da última reunião de política monetária do Fed mostraram que os decisores concordaram que eles deveriam adiar a elevação das taxas de juros até que ficasse claro que a desaceleração recente na economia norte-americana é temporária, embora muitos afirmem que um aumento acontecerá logo. As atas também mostraram que os decisores foram favoráveis à redução gradual de seu balanço patrimonial enorme de US$ 4,5 trilhões.
Operadores de futuros apostam em cerca de 78% de chances de aumento da taxa de juros em junho na reunião do Fed, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com. Já com relação a um segundo aumento até dezembro, as chances são vistas em 38%.
A respeito de resultados, a Sears Holdings (NASDAQ:SHLD) relatou prejuízo menor do que o esperado no trimestre enquanto as receitas superaram o consenso.
Abercrombie & Fitch (NYSE:ANF), Best Buy Co Inc (NYSE:BBY) e Dollar Tree (NASDAQ:DLTR) estão na agenda da divulgação antes da abertura, ao passo que a Costco (NASDAQ:COST) divulgará seus números após o fechamento do mercado.
Do outro lado do Atlântico, bolsas europeias flutuavam próximas de seus níveis mais altos em 21 meses em um pregão com diferentes direções, com a referência Euro Stoxx 50 subindo 0,16% às 8h14 (horário de Brasília), ao passo que o DAX da Alemanha e o FTSE 100 de Londres caíam 0,15% e 0,06% respectivamente.
Mais cedo, as bolsas asiáticas atingiram máximas de dois anos, com o Nikkei do Japão encerrando em alta de cerca de 0,31%, ao passo que o Shanghai Composite na China subiu cerca de 1,43%.