As 11 ações de dividendos mais indicadas em setembro pelas corretoras

Arena do Pavini - O Índice de Dividendos (IDIV) da bolsa B3 fechou agosto com alta de 2,2%, desempenho superior ao Índice Bovespa, que caiu 0,7%. O Índice de Dividendos seleciona as empresas com melhor histórico de pagamento de dividendos, que é parcela do lucro distribuída aos acionistas. Já o Ibovespa considera as empresas de maior valor de mercado e mais negociadas.

Os dividendos têm a vantagem de não pagar imposto de renda, já que a empresa paga os tributos antes de fazer a distribuição. O governo estuda tributar também o dividendo, mas ainda não divulgou a medida. Enquanto isso, o retorno em dividendos (relação entre o valor pago ao investidor e o preço da ação) de alguns papéis podem superar o juro básico da economia, hoje de 6% ao ano, mas com previsão de chegar a 5% ao ano. Essa queda dos juros deve favorecer ainda mais o investimento em ações de dividendos.

Além do dividendo, as empresas costumam distribuir juros sobre o capital próprio, valor que elas podem abater do imposto sobre o lucro. Já o investidor paga imposto sobre ele.

Entre as 14 corretoras acompanhadas pelo Portal do Pavini, 11 ações receberam mais de três indicações. A campeã de setembro foi a empresa de energia Taesa, com oito indicações, uma a mais que em agosto. O setor elétrico teve quatro empresas entre as mais indicadas. O setor financeiro também teve destaque, com cinco empresas: Itaú, B3, Banrisul (SA:BRSR6), Itaúsa e IRB Resseguros. O Itaú Unibanco teve seis indicações, uma a menos.

Entre as indicações, o destaque é a Taesa, presente em oito carteiras. A Mirae Asset diz que é otimista com a empresa e com o setor, uma vez que espera novos leilões de transmissão no governo Bolsonaro, o que deve aumentar a receita das empresas de transmissão ao longo dos próximos anos, porém com maior concorrência nos leilões. O analista-chefe da Mirae, Pedro Galdi, diz que espera recuperação de margens para 2019 e para 2020 com as aquisições de algumas linhas de transmissão da Eletrobras (SA:ELET3) A Taesa se encontra com uma estrutura de endividamento confortável e é uma excelente opção para investimento, diz Galdi. Olhando o seu retorno em dividendos (dividend yield), a Mirae projeta 9,3% para 2019, bem superior a taxa Selic projetada para o fim do ano em 5,25% (Focus).

Já a corretora Guide Investimentos retirou em setembro os ativos do Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Cemig (SA:CMIG4), reduzindo a exposição do portfólio em empresas estatais, e incluiu os papéis de Bradesco (SA:BBDC4) e Neoenergia. “Assim, permanecemos exposto no setor financeiro, e players mais resilientes, dada a maior aversão à risco global”, diz a corretora. O objetivo é uma carteira menos exposto à volatilidade e com foco em alta previsibilidade do fluxo de caixa gerado pelas empresas. A taxa de dividendo anual estimado para a carteira para os próximos 12 meses está por volta de 5%.

Fonte: corretoras. As indicações não incluem eventuais pesos diferenciados por papéis. O retorno em dividendos (dividend yield) é projetado pelas corretoras. O rendimento é fornecido pelas corretoras.

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