Por Pushkala Aripaka e Ludwig Burger
(Reuters) - A AstraZeneca (NASDAQ:AZN) (SA:A1ZN34) e a Comissão Europeia chegaram a um acordo sobre a entrega de 200 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 devidas pela farmacêutica, encerrando uma disputa a respeito da escassez de imunizantes que prejudicou a empresa e a campanha de vacinação da região.
A disputa mergulhou a União Europeia em uma crise no início deste ano, quando países pressionados a acelerar vacinações corriam atrás de vacinas. Ela também provocou uma crise de relações públicas na AstraZeneca, comandada pelo francês Pascal Soriot.
Depois de diminuir sua dependência da farmacêutica anglo-sueca, Bruxelas disse que partes dos volumes acertados no acordo seriam transferidos para fora da UE para amenizar a desigualdade global de vacinas – agora os principais suprimentos do bloco são da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34)/BioNTech (NASDAQ:BNTX) (SA:B1NT34).
Como parte do pacto desta sexta-feira, a AstraZeneca se compromete a entregar 60 milhões de doses de sua vacina Vaxzevria até o final do terceiro trimestre deste ano, 75 milhões até o final do quarto trimestre e 65 milhões até o final do primeiro trimestre de 2022.
Quando se incluem as entregas já feitas, o cronograma delineia o cumprimento de um contrato de compra a granel de 300 milhões de doses firmado cerca de um ano atrás entre a empresa e a UE depois de meses de conflitos por causa de atrasos.
"Há diferenças consideráveis entre as taxas de vacinação de nossos Estados-membros, e a disponibilidade constante de vacinas, incluindo a da AstraZeneca, continua sendo crucial", disse a comissária de saúde da UE, Stella Kyriakides.
(Por Pushkala Aripaka em Bengaluru, Keith Weir em Londres e Ludwig Burger em Frankfurt)