Ativistas desafiam acesso da UBS ao mercado de pensões dos EUA

Publicado 14.10.2024, 07:35
© Reuters.

Um grupo de ativistas está pressionando o Departamento do Trabalho dos EUA para revogar a permissão da UBS de gerenciar ativos de pensão americanos. Esta ação segue o histórico de infrações regulatórias do banco suíço, apesar de sua atual isenção das leis dos EUA que normalmente impedem bancos com condenações criminais de supervisionar fundos de pensão. A UBS, que supervisiona uma parte significativa do mercado de pensões de 30 trilhões de dólares dos EUA, aguarda uma decisão sobre seu pedido de renovação desta isenção, que expirou em junho.

Os ativistas argumentam que a isenção da UBS deve terminar, citando o pagamento pelo banco de aproximadamente 20 bilhões de dólares em multas por quase 100 infrações de 2000 a 2023. A UBS afirma que os problemas foram devidos a ações de funcionários individuais, conforme declarado por seus advogados em uma aplicação de 500 páginas para estender a isenção.

James Henry, da Tax Justice Network, comentou sobre a questão mais ampla de bancos envolvidos em transações criminosas, sugerindo que os ganhos financeiros de tais atividades frequentemente excedem as penalidades impostas, e raramente resultam em prisão para os indivíduos responsáveis.

A UBS enfrentou desafios legais significativos, incluindo uma condenação na França por auxiliar a evasão fiscal, levando a uma multa de 4,5 bilhões de euros, posteriormente reduzida para 1,8 bilhões de euros em recurso. Além disso, em junho, a UBS e outros nove bancos resolveram um processo por 46 milhões de dólares sobre alegações de conspiração para manipular o mercado de swaps de taxa de juros.

O banco também assumiu desafios legais relacionados ao Credit Suisse após sua aquisição emergencial do segundo maior credor da Suíça no ano passado. O resultado da aplicação da UBS junto ao Departamento do Trabalho permanece pendente, com o porta-voz do banco confirmando que uma decisão é esperada em breve. A taxa de câmbio atual observada foi de 1 dólar para 0,9147 euros.

A Reuters contribuiu para este artigo.

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