(Reuters) - A empresas de prestação de serviço para o setor de petróleo Baker Hughes e Halliburton planejam cortar milhares de postos de trabalho em um momento em que a atividade de perfuração de poços desacelera devido à forte queda nos preços do petróleo.
Os preços globais do petróleo acumulam perdas de quase 60 por cento desde junho, recuando a mínimas de cinco anos, em meio a uma crescente produção e uma fraca demanda global, o que levou produtores de petróleo a reduzir gastos.
"Nós esperamos que os ajustes no nosso quadro de funcionários fique em linha com nossos principais concorrentes", disse o diretor operacional da Halliburton, Jeffrey Miller, em uma conferência para comentar resultados trimestrais nesta terça-feira, sem fixar um número específico.
A companhia, que emprega mais de 80 mil pessoas, disse que cortou mil postos em suas operações no hemisfério oriental no quatro trimestre.
A Baker Hughes, que está sendo adquirida pela Halliburton, em um negócio de cerca de 35 bilhões de dólares, disse mais cedo nesta terça que irá demitir 7 mil empregados.
As demissões, que ocorrem dias depois que a principal empresa do setor, a Schlumberger NV, ter dito que vai demitir 9 mil pessoas, reforça a abrupta desaceleração na atividade de perfuração nos últimos dois meses.
A contagem de sondas terrestres nos EUA caiu em 250 sondas, ou 15 por cento, nos últimos 60 dias, disse o presidente da Halliburton, Dave Lesar, na teleconferência.
A Halliburton e a Baker Hughes têm cerca de metade de sua receita na América do Norte, uma região que eles esperam que se saia pior do que o resto do mundo na crise do petróleo.
A Baker Hughes disse que boa parte da redução em seu quadro de funcionários vai ocorrer no primeiro trimestre.
A companhia, que tinha 61.100 empregados em 30 de setembro, disse que avalia também o fechamento de unidades.
(Por Swetha Gopinath e Shubhankar Chakravorty)