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Bancos avançam com Medida Provisória ampliando margem de crédito consignado

Publicado 02.10.2020, 10:52
Atualizado 02.10.2020, 10:58
© Reuters.
BBAS3
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BBDC4
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BRSR6
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ITUB4
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SANB11
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Por Gabriel Codas

Investing.com - As ações dos principais bancos brasileiros operam com valorização nesta sexta-feira B3, depois do Diário Oficial da União publicar, hoje, a Medida Provisória (MP) nº 1.006, que amplia até 40% a margem para concessão de crédito consignado para beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A MP foi assinada na véspera pelo presidente Jair Bolsonaro.

Assim, por volta das 10h55, o Banco do Brasil (SA:BBAS3) somava 2,32% a R$ 30,48, com o Santander (SA:SANB11) avançando 2,26% a R$ 28,53, Itaú Unibanco (SA:ITUB4) com ganhos de 1,78% a R$ 22,93 e Bradesco (SA:BBDC4) com alta de 1,95% a R$ 19,89.

Atualmente, aposentados e pensionistas do INSS podem requerer empréstimos consignados que comprometam até 35% do valor do benefício no mês, mais 5% para uso de cartão de crédito na modalidade saque.

Com a ampliação, os empréstimos poderão comprometer até 40% do valor do benefício, mais 5% para uso de cartão de crédito na modalidade saque.

Os novos limites devem valer para empréstimos concedidos até o dia 31 de dezembro deste ano, segundo o governo.

Por ser uma MP, as regras entram em vigor imediatamente e são enviadas à aprovação do Congresso Nacional.

Avaliação dos analistas

Para a XP Investimentos, apesar do tempo limitado, o impacto da medida é grande, uma vez que o crédito consignado é a maior linha de crédito à pessoa física e atraente no atual cenário. A medida é especialmente importante porque o crédito consignado é a maior linha de crédito para pessoa física, além de representar 11% do crédito sistema financeiro nacional.

Os analistas destacam a linha é relevante para bancos incumbentes, pequenos, médios e digitais. Somente o crédito consignado INSS representa 4% do crédito do sistema financeiro nacional, porém eles acreditam que outros empréstimos consignados poderiam seguir a regra (servidores públicos, 7% do crédito total do mercado). No entanto, uma medida de curto prazo. A medida é apenas temporária como forma de amenizar a crise econômica causada pela pandemia de COVID-19 para que os bancos tenham apenas 3 meses de aumento de concessões.

A equipe avalia que a medida vem em excelente momento, já que a linha de crédito consignado tem um índice de inadimplência estruturalmente baixo de ~2-3%, o que é excelente para um ambiente de crise e pouca visibilidade sobre como os índices de inadimplência se comportarão nos próximos trimestres; e um juros anualizado atraente de 22%, oportunidade para spread alta alto, já que o Brasil vive a mais baixa taxa básica de juros de sua história, em 2%.

Entre as instituições com cobertura da XP, o Banrisul (SA:BRSR6) é o destaque, pois 45% da carteira do banco era proveniente de crédito consignado. No entanto, os bancos incumbentes também possuem forte presença ​​(e crescente) na linha, conforme demonstrado pelo saldo de R$ 86 bilhões do BBAS (13% de sua carteira), R$ 65 bilhões do BBDC (10% de sua carteira), R$ 50 bilhões do ITUB (7% de sua carteira) e de R$ 45 bilhões do SANB (12% dos empréstimos).

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