BAGDÁ (Reuters) - Mais de 2.000 iraquianos na província de Nineveh, no norte do Iraque, foram executados por militantes do Estado Islâmico que controlam a região, afirmou o ministro da Defesa nesta sexta-feira em comunicado gravado.
Autoridades ministeriais não puderam confirmar quando ou como as mortes haviam ocorrido e a Reuters não pôde confirmar imediatamente as alegações do governo.
O acesso é severamente restrito em grande parte do norte e oeste do Iraque, uma área que os militantes do Estado Islâmico têm controlado desde que chegaram através da fronteira síria, em meados de 2014, na tentativa de estabelecer um califado moderno.
Testemunhas e fontes de um necrotério de Mosul, a capital da província de Nineveh, disseram à Reuters que a maioria das execuções relatadas nesta sexta-feira ocorreu ao longo dos últimos seis meses.
A maioria das vítimas, mortas por crimes comuns como roubo, foi enterrada antes, mas os corpos de jornalistas e ex-policiais iraquianos e soldados foram entregues ao necrotério na manhã desta sexta-feira, disseram as fontes, acrescentando que o Estado Islâmico distribuiu listas com os nomes das vítimas.
"(O Estado Islâmico) assassinou a sangue frio... 2.070 moradores de Nineveh por... não cooperar com eles", afirmou o ministro da Defesa iraquiano, Khaled al-Obeidi, em vídeo publicado na página do ministério na Internet.
(Reportagem de Ahmed Rasheed e Saif Hameed)