Investing.com - Com a abertura abril, tem início também a temporada de balanços do primeiro trimestre de 2018. A primeira do setor de papel e celulose e divulgar os números deve ser a Fibria (SA:FIBR3), no próximo dia 25.
Para a companhia, o Banco de Brasil Banco de Investimentos (BB-BI) espera resultados fortes por maiores volumes de vendas e melhores preços realizados no período. Sobre preço da celulose, o BB-BI estima que deve permanecer em alta por conta da demanda aquecida, principalmente na Ásia.
Já para papel, o mercado interno deve ser a principal fonte de demanda do produto, principalmente por conta da recuperação da econômica. Esse movimento deve ficar mais evidente no segundo trimestre do ano.
A análise enviada pelo banco para seus clientes destaca que o primeiro trimestre foi marcado pela compra da Fibria pela Suzano (SA:SUZB3), com a notícia surpreendendo o mercado pelo fato da adquirida ser duas vezes maior do que adquirente.
Com isso, foi criada uma gigante mundial do setor, com capacidade de produção de 10.890 kton, o que representa 21,5% do total global de embarques em 2017. O BB-BI lembra que a transação precisa ser aprovada por dos órgãos antiprotecionismo no mundo, com a companhia focando na desalavancagem nos próximos trimestres.
Os preços de celulose subiram no período, uma vez mais, respondendo aos aumentos de preços anunciados. Na Europa, os preços BHKP foram a USD 1.031 por tonelada e, na China, para USD 753 a tonelada, aumento de 0,3% e 2,7% nas últimas quatro semanas, para ambos os mercados, respectivamente.
No Brasil, de acordo com a Ibá, em fevereiro, a produção de celulose chegou a 1.669 kton, queda de 9% na comparação mensal, mas 18,4% acima na base anual. As exportações apresentaram comportamento semelhante, caindo 8,3% no mês, para 1.218 kton, apesar de subir 33,1% ao ano.