Por Dhirendra Tripathi
Investing.com - Os papéis da BioNTech (NASDAQ:BNTX) (SA:B1NT34) tinham alta por volta das 13h20 (horário de Brasília) de segunda-feira, com fechamentos de novos acordos com a União Europeia para fornecimento de mais vacinas a preços consideravelmente mais altos.
A BioNTech subia 2,5%, enquanto a Moderna (NASDAQ:MRNA) (SA:M1RN34), que chegou a subir 2% no pré-mercado, caía 1%. A Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34), que comercializa sua vacina em conjunto com a BioNTech, subia 2,7%. Ambas as empresas dividem igualmente despesas e lucros com a venda das vacinas.
De acordo com o Financial Times, a Pfizer e a BioNTech receberão €19,50 (US$ 23,20) por dose, aumento de mais de 25% em relação ao primeiro contrato, enquanto a Moderna receberá US$ 25,50, aumento de mais de 10% em relação ao preço anterior. Os negócios fechados englobam um total de 2,1 bilhões de doses até 2023.
A vacinação na maior parte do mundo, exceto em Israel, Reino Unido e alguns outros países, tem sido irregular. Enquanto os governos lutam contra a hesitação das pessoas em relação à vacina e tentam obter mais doses dos fabricantes, o vírus continua a se espalhar em muitas partes do mundo.
O mercado para as vacinas contra a Covid-19 está se expandindo à medida que países começam a introduzir programas de reforço de vacinação, respondendo a evidências de que a dose extra fornece imunidade mais duradoura contra a doença. Israel começou o programa de reforço para pessoas com mais de 60 anos, cuja primeira dose foi há mais de cinco meses. Enquanto isso, o governo do Reino Unido está planejando oferecer doses de reforço para cerca de 32 milhões pessoas da população adulta nos próximos meses, é o que informou o jornal Telegraph no domingo. Os fabricantes de vacinas também pressionaram o FDA nos Estados Unidos por vacinas de reforço, mas a entidade até agora não se comprometeu.
Na semana passada, a Pfizer afirmou esperar uma receita de US$ 33,5 bilhões com a venda de vacinas contra a Covid-19, reflexo da entrega de 2,1 bilhões de doses previstas para 2021 em contratos já firmados a partir de meados deste mês. O fornecimento poderia chegar até 3 bilhões de doses caso haja expansão das demandas atuais e novos fornecedores sejam contabilizados, afirma a empresa.
A questão das doses de reforço está sujeita a controvérsias, visto que muitos dos países mais pobres do mundo ainda estão lutando para encontrar as doses necessárias para suas campanhas iniciais de vacinação. As baixas taxas de vacinação em países emergentes estão tornando-os particularmente vulneráveis à variante delta, que é duas vezes mais infecciosa que a cepa original.