Investing.com - O Ibovespa ameniza a alta do final da manhã, quando superou os 62.500 pontos, mas sustenta a alta de 1,5% impulsionada por Vale, siderúrgicas e as exportadoras de celulose. Às 14h30, o índice operava aos 61.900 pontos.
Após abrir em alta e renovar os recordes históricos, a bolsa norte-americana passou a realizar e cede com a virada do petróleo para o terreno negativo. O Dow 30 ainda sustenta uma leve alta, mas abaixo dos 19 mil pontos que marcou a abertura. S&P 500 perde 0,1% e o Nasdaq opera com leve perda.
No Brasil, o cenário político ainda atrai a atenção dos investidores com a reunião dos governadores com o presidente Michel Temer para discutir a solução da crise fiscal dos estados. Ainda no Palácio do Planalto, o ministro Geddel Vieira Lima foi mantido no cargo apesar do desgaste com a denúncia de tentativa de favorecimento pessoal feita pelo ex-ministro Marcelo Calero que deixou a Cultura. Geddel enfrentará uma investigação no conselho de ética da Presidência.
O Congresso também deverá avançar com a discussão da PEC que limita o teto de gastos. A expectativa do governo é aprovar em dois turnos no Senado até o dia 13 de dezembro. Romero Jucá informou que apresentará o texto para reabertura da repatriação no início do ano.
A Petrobras (SA:PETR4) zerou os ganhos da manhã, acompanhando o pessimismo em relação ao petróleo. A commodity que subia no início da manhã virou para perdas em meio aos rumores em relação ao acordo da Opep. A ação é vendida aos R$ 15,60, alta de 0,2%.
A Vale (SA:VALE5) dispara 5% em novo dia de forte volatilidade com a especulação sobre os preços do aço e do minério, que, segundo analistas, não tem suporte real. O minério de ferro avançou quase 6,5% para a entrega imediata no porto de Qingdao, se aproximando novamente dos US$ 75/t. Na bolsa de Dailan, os contratos futuros subiram 6% para 580,50 iuans.
Nas últimas semanas, a ação da companhia tem enfrentado forte volatilidade acompanhando o preço do minério. Nos últimos 10 pregões, em sete sessões o ativo variou mais de 4% no dia, com picos de alta de mais de 8% e quedas de 7%.
As siderúrgicas acompanham a alta com ganhos de cerca de 2,5% na Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4), Usiminas (SA:USIM5) e CSN (SA:CSNA3), reduzindo os ganhos de mais de 5% na manhã. A Gerdau (SA:GGBR4) sobe 1,5% em seu primeiro pregão ex-dividendos. Na China, o preço do vergalhão de aço saltou 6% tocando na máxima de US$ 421 a tonelada, enquanto no Brasil a Inda informou que CSN e Usiminas deverão reajustar o aço entre 9% a 12% a partir de dezembro.
As exportadoras Fibria (SA:FIBR3) e Suzano (SA:SUZB5) sobem, respectivamente, 5% e 7% nesta terça-feira após anunciarem reajuste na cotação da celulose para o mercado asiático. As empresas elevaram de US$ 530/tonelada para US$ 550/tonelada da commodity para os negócios a partir de 1º de dezembro.
Os bancos operam mistos com Banco do Brasil (SA:BBAS3) avançando 2,5%, um dia após anunciar grande reorganização de suas operações com o fechamento de agências, plano de incentivo à aposentadoria e corte de vagas. BB Seguridade (SA:BBSE3) sobe 1,5% após o BB afirmar que o fechamento de agências deverá ter impacto restrito na venda de seguros. Ontem o BB Seguridade cedeu 0,2% em um dia de fortes altas no setor financeiro. Itaú Unibanco (SA:ITUB4) e Bradesco (SA:BBDC4) perdem 0,1% e o Itaúsa (SA:ITSA4) cede 0,2%.
A BM&FBovespa (SA:BVMF3) sobe 0,5% em meio a novo adiamento de julgamento no Carf de autuação de R$1,1 bilhão por amortização indevida de ágio. O processo foi suspenso após o pedido de vistas da conselheira Cristiane Silva Costa.
A Embraer (SA:EMBR3) despenca 5% em meio ao rebaixamento da nota de crédito da empresa pela UBS. O banco reduziu a recomendação de ‘neutro’ para ‘venda’ e cortou o preço alvo das ADRs de US$ 28 para US$ 19 com a expectativa de redução da demanda e preocupações com os custos da empresa.
Dólar
A moeda opera com leve alta frente ao real, negociada aos R$ 3,36, depois de tocar os R$ 3,33 durante a manhã.