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Bolsa fecha em queda de 4,87%, com 'risco Bolsonaro'

Publicado 22.02.2021, 15:50
© Reuters.  Bolsa fecha em queda de 4,87%, com 'risco Bolsonaro'

O Ibovespa teve variação de 6,7 mil pontos entre mínima e máxima desta segunda-feira, algo não visto desde o pior momento da pandemia, em março, quando os ativos globais se preparavam para uma espécie de fim do mundo, e também no fim de abril, momento em que a ruidosa saída de Sergio Moro do governo trouxe volatilidade. No Brasil, a consumação da interferência no comando da Petrobras (SA:PETR4) na sexta à noite e a promessa feita no fim de semana pelo presidente Bolsonaro, de que "tem mais por vir" e de que pode "meter o dedo" no setor elétrico, colocaram os ativos do País em espiral negativa desde a abertura, com dólar a R$ 5,53 na máxima do dia e perdas superiores a 20% para as ações ON e PN da Petrobras nesta segunda-feira.

Ao fim, o Ibovespa mostrava queda de 4,87%, aos 112.667,70 pontos, no menor nível desde 3 de dezembro (112.291,59), tendo chegado na mínima de hoje aos 111.650,26 pontos (piso intradia desde 2 de dezembro) saindo de máxima na abertura aos 118.388,07 pontos, com giro financeiro a R$ 84,3 bilhões na sessão, bem reforçado pelo vencimento de opções sobre ações. Em porcentual, a queda desta segunda-feira superou a de 28 de outubro (-4,25%), quando se esboçava a segunda onda de lockdown na Europa, e foi a pior desde 24 de abril (-5,45%) de 2020, dia em que o então ministro Sergio Moro deixou o cargo.

Perto do fim da sessão, a notícia de que um juiz federal de primeira instância em Minas Gerais determinou que o presidente Bolsonaro preste informações em 72 horas sobre a troca de comando na estatal levantou o temor de que a questão venha a ser judicializada, inclusive no exterior, observa um operador. Assim, na reta final, o Ibovespa voltou a perder a linha de 113 mil pontos, que havia sustentado em boa parte da tarde.

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No mês, o índice da B3 passa a acumular desempenho negativo, em queda de 2,09%, elevando as perdas no ano a 5,33%. No encerramento, Petrobras ON (SA:PETR3) cedeu 20,48%, a R$ 21,55, e a PN caiu 21,51%, a R$ 21,45, ambas pelo segundo dia na ponta negativa do Ibovespa - nas mínimas de hoje, foram respectivamente a R$ 21,35 e a R$ 21,40.

A decisão do governo de trocar o comando da Petrobras após os reajustes nos preços dos combustíveis tem viés negativo na análise de risco de crédito da estatal, segundo a Moody's, enquanto, para a S&P, a interferência pode afetar a lucratividade e o fluxo de caixa da empresa. Nesta segunda-feira, casas como XP, Bradesco BBI e Credit Suisse reduziram o preço-alvo e cortaram a recomendação para as ações da petrolífera - por sua vez, o JPMorgan rebaixou a recomendação para os bonds da empresa. "Evidentemente, temos uma situação negativa não apenas para os papéis da Petrobras, como também para os ativos brasileiros em geral, levando o mercado a reprecificar o 'risco Bolsonaro'", diz Pedro Paulo Silveira, gestor da Nova Futura Investimentos.

Colocando o cenário macro em revisão, a Ativa Investimentos prevê câmbio e juros mais elevados, deterioração fiscal possivelmente maior e PIB mais baixo. "O discurso dele (Bolsonaro) torna-se populista quando se vale de uma tentativa de colocar o povo como explorado. Ao afirmar que não vai interferir e adiciona um 'mas', ele está justificando a interferência, o que implica incoerência", observa em nota Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa.

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O silêncio do ministro Paulo Guedes sobre a demissão sumária de Roberto Castello Branco, um liberal pós-graduado em Chicago indicado pelo próprio Guedes, também não passou despercebido.

"As ações preferenciais da Petrobras chegaram a valer R$ 6,70 em dezembro de 2015, no governo Dilma, quando ocorreu intervenção política parecida com a recente demissão do presidente da estatal pelo presidente da República", observa Erminio Lucci, CEO da BGC Liquidez. "Este tipo de interferência, populista de direita, é um déjà vu da política populista de esquerda adotada pelo governo da ex-presidente", acrescenta.

"A pergunta que se faz é como o ministro da Economia irá se posicionar diante da gravidade da decisão do Executivo em relação aos princípios do livre mercado e do liberalismo econômico", conclui Lucci, observando que "a interferência terá efeitos de longo prazo na percepção do investidor estrangeiro sobre o ambiente de negócios no País".

Assim, a onda de temor quanto a um Bolsonaro desgovernado, passando por cima do melhor aconselhamento econômico para buscar conforto direto junto ao eleitor de 2022, pôs não apenas a Petrobras, mas também as ações de outras estatais, como Banco do Brasil (SA:BBAS3) (ON -11,65%) e Eletrobras (SA:ELET3) (ON -0,69%), entre as perdedoras do dia. Relato de que o presidente do BB, André Brandão, com quem Bolsonaro entrou em rota de colisão em janeiro, será o próximo da lista de demissões colocou as ações do banco bem à frente das perdas observadas no segmento nesta segunda-feira, com destaque também para Itaú (SA:ITUB4) PN (-7,28%) e Bradesco (SA:BBDC4) PN (-6,56%).

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Apesar da sangria observada em empresas e setores de peso, houve alguns destaques positivos, como parte da siderurgia, com CSN (SA:CSNA3) em avanço de 1,47% e Usiminas (SA:USIM5), de 0,13%, ambos bem moderados no fechamento da sessão - outras empresas com receita em dólar, em alta nesta segunda-feira, foram melhor, como Klabin (SA:KLBN11) (+3,21%) e Suzano (SA:SUZB3) (+2,47%).

Na ponta do Ibovespa, Lojas Americanas (SA:LAME4) mostrava alta de 19,88% no encerramento, à frente de Embraer (SA:EMBR3) (+7,40%) e de Cielo (SA:CIEL3) (+4,76%). Fatores intrínsecos a essas empresas justificam o descolamento observado ao longo da sessão: comunicado conjunto de que Americanas e B2W (SA:BTOW3) terão comitês especiais independentes para avaliar combinação de suas operações; a Cielo, possível oferta de aquisição primária (OPA); e Embraer, a perspectiva positiva de negociação entre a fabricante e a alemã Lufthansa sobre troca de pedidos de aeronaves.

Últimos comentários

B..... comunista???
Será que o Presidente é os filhos perderam dinheiro na bolsa? 🤔
Chamem o Guido Mantega !!! Devolvam tudo ao PT, assim tudo volta ao "normal".
bolsonaro , comunista , populista não invista...
A única coisa que bolsonaro sabe fazer muito bem é Rachadinha. Por isso ele se transformou no Rei das Rachadinhas.
O problema do Brasil não é o Bolsonaro, é o povo idiota que temos.
matéria do estadão podi confiá kkkkkkk
por ser uma "referência" o site investing poderia usar boas referências para propagar as notícias
por ser uma "referência" o site investing poderia usar boas referências para propagar as notícias
esse estadão é uma bosta mesmo, credibilidade zero.
Estadao nem e comprado pra falar mal de bolsonaro. kkkkkk
tática neonazista de desacreditar a imprensa funciona até hoje para mentes mais influenciáveis. Lives do genocida e Brasilparalerdos são a leitura desses kkkkk
Kkkkkk povo burroooooo merece comer capim e esterco
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