Investing.com - O Ibovespa passou a cair 1% com forte volatilidade no primeiro dia de pregão após o movimentado feriado com a manutenção dos juros do Fed e receios em relação às eleições dos EUA. O índice, que abriu em um movimento de ajustes após as baixas de ontem nas ADRs das empresas negociadas na bolsa de Nova York, ensaia uma recuperação no fim da manhã de olho em Wall Street.
Às 14h, o Ibovespa pedia 1% aos 62.650 pontos, com variação no intraday de 62.682 pontos e 63.523 pontos. No último pregão, na terça-feira, o índice deu sinais de um forte movimento de correção com perdas de 2,46%.
Com o mercado fechado ontem por causa do feriado de Finados, o Ibovespa não acompanhou a decisão de ontem do Fed de manter os juros inalterados, como o aguardado pelo mercado, com indicações de que a alta poderá ocorrer em dezembro. Os mercados internacionais fecharam em baixa, com S&P 500 Dow Jones na maior sequência de quedas desde 2011, com sete pregões no negativo.
Hoje, o mercado amanheceu com volatilidade trazida pela decisão da Suprema Corte britânica de que o Brexit deverá ser aprovado pelo parlamento do país. A notícia provocou alta na libra e na bolsa, seguida de movimento inverso com a confirmação do governo de que pretende recorrer da decisão. Mais cedo, o Banco da Inglaterra decidiu manter os juros em 0,25% e traçou um cenário mais positivo para o país com menor peso do Brexit.
Em Wall Street, os índices viraram para baixa com Dow 30 cedendo 0,05%, enquanto o S&P 500 caminha para sua oitava queda consecutiva com -0,2%. Nasdaq perde 0,5% pressionado pelas perdas de 4% nas ações do Facebook, que previram redução no ritmo de crescimento das receitas neste trimestre. Na Europa. FTSE 100 perdeu 0,74%, enquanto o CAC 40 avançou 0,06%. DAX caiu 0,4%.
Bovespa
A Petrobras (SA:PETR4) afunda 2,5% com os ajustes com a ADR e a cotação do petróleo, que cede nesta quinta-feira após terem despencado no pregão de ontem. A commodity é negociada aos US$ 44,70 nos EUA e aos US$ 46,40 em Londres, após afundarem 3% ontem com o surpreendente aumento nos estoques dos EUA.
A Vale (SA:VALE5) virou para perda de 0,7% após operar com ganhos pela manhã, em um dia positivo com o aumento da cotação do minério de ferro na China. Os contratos futuros de aço subiram 2%, no maior nível desde abril, puxando as cotações do minério no mercado à vista. A cotação para a entrega imediata em Tianjin subiu 0,15% para US$ 64,50, maior preço desde abril.
Apesar da alta de preços na China, as siderúrgicas operam em queda nesta quinta-feira em meio a ajustes após o feriado de ontem. CSN (SA:CSNA3) afunda 3%, Usiminas (SA:USIM5) e Gerdau (SA:GGBR4) caem 2%, enquanto a Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) cede 0,5%.
O Itaúsa (SA:ITSA4) virou para queda de 0,5% depois de operar em alta no começo do pregão. O banco confirmou na terça-feira à noite que disputará a aquisição da BR Distribuidora. O Itaú Unibanco (SA:ITUB4) cede 0,2%, enquanto o Bradesco (SA:BBDC4) cai 1%. Banco do Brasil (SA:BBAS3) perde 2%, mas o principal destaque negativo vem do BB Seguridade (SA:BBSE3) que afunda 4,5% em meio à avaliação dos analistas do Brasil Plural (SA:BPFF11) que preveem que o resultado trimestral poderá vir fraco refletindo a greve dos bancários, o que teria impactado a venda de seguros.
A maior baixa do dia vem das ações da Rumo (SA:RUMO3) que cedem quase 5%, renovando a forte perda de 3,36% na terça-feira. No radar, está a redução da recomendação do Brasil Plural para "equal weight", com a expectativa de um resultado fraco em sua divulgação em 9 de novembro.
A Natura (SA:NATU3) segue em sua derrocada afundando mais 4,5% hoje. Desde a semana passada, a ação despencou 15% com a renúncia de seu CEO em meio à dados fracos do terceiro trimestre. Hoje, a concorrente Avon anunciou alta anual de 14% em sua receitado trimestre no Brasil. Segundo a equipe do UBS liderada pelo analista Gustavo Oliveira avalia que a Natura possa precisar acelerar - ou reconfigurar - sua estratégia de revitalização das vendas diretas para "pelo menos conter perdas para Avon e O Boticário"
Dólar
A moeda norte-americana cede 0,4% após ter disparado nos últimos dias com o aumento da percepção de risco com a eleição dos EUA, aumento de juros no Fed e o fim do prazo para repatriação. A divisa é negociada a R$ 3,22.