As bolsas europeias fecharam em alta, após dados alemães melhores do que o esperado e sinais de novos estímulos na China. A bolsa de Londres se destacou e subiu quase 1%, em meio à postura de uma integrante do Banco da Inglaterra (BoE, pela sigla em inglês) em defesa de cortes nas taxas de juros. Entre as empresas que anunciaram balanços, a petrolífera BP subiu com lucro acima do esperado. O UBS recuou, depois do anúncio de prejuízo diante dos ajustes motivados pela sua integração com o Credit Suisse (SIX:CSGN).
Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,90%, aos 7.681,01 pontos. O DAX, de Frankfurt, avançou 0,76%, para 17.033,24 pontos. Em Paris, o CAC-40 subiu 0,65%, aos 7.638,97 pontos.
Em entrevista ao Financial Times, a economista Swati Dhingra, membro externo do BoE, afirmou que não vê motivos para o risco de se provocar "efeitos negativos mais profundos" sobre a economia do Reino Unido, considerando que o nível restritivo permaneceria mesmo com uma redução moderada das taxas de juros. No noticiário macroeconômico, as encomendas à indústria alemã deram um salto de 8,9% em dezembro ante o mês anterior. A previsão de analistas era de queda de 0,3%. Já na zona do euro, as vendas no varejo recuaram 1,1% no mesmo período, variação que veio quase em linha com o consenso.
Os papéis da BP saltaram 5,81% e responderam pela principal alta porcentual do FTSE, em Londres, após a empresa petrolífera lucrar mais do que o esperado no quarto trimestre de 2023 e revelar planos para acelerar recompras de ações. A empresa teve lucro subjacente com base nos custos de reposição de US$ 2,99 bilhões, menor do que o ganho de US$ 4,8 bilhões do mesmo intervalo do ano anterior. O resultado, porém, superou o consenso de analistas levantado pela própria empresa, de US$ 2,77 bilhões.
Em Zurique, a ação do UBS cedeu 4,28%. O banco teve prejuízo líquido de US$ 279 milhões no quarto trimestre de 2023, abaixo dos US$ 285 milhões esperados pelos analistas. A receita subiu 35% na mesma comparação, a US$ 10,86 bilhões, mas foi menor do que a projeção de US$ 11,04 bilhões, segundo consenso fornecido pelo próprio banco. O banco informou ainda que cortará empregos, à medida em que elevou a meta de redução de custos para US$ 13 bilhões até o fim de 2026.
Em Milão, outro banco italiano trouxe dados acima do esperado. O Intesa Sanpaolo (BIT:ISP) subiu 1,06% após lucro e receita superarem as projeções no quarto trimestre. O índice amplo FTSE MIB terminou o pregão em alta de 0,53%, aos 31.116,75 pontos.
Em Madri, o IBEX-35 avançou 0,62%, aos 10.003,20 pontos. Em Lisboa, o PSI-20 ganhou 0,21%, aos 6.236,62 pontos.