Os mercados acionários europeus fecharam em forte queda, reagindo às turbulências causadas pelo Credit Suisse (SIX:CSGN), após o principal acionista do banco suíço descartar a possibilidade de novos aportes na instituição.
Em Londres, o FTSE 100 caiu 3,83% a 7.344,45 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em baixa de 3,27%, a 14.735,26 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 3,58%, a 6.885,71 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em baixa de 4,61%, a 25.565,84 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 baixou 4,01%, a 8.792,07 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 caiu 2,77%, a 5.812,87 pontos. As cotações são preliminares. Em Frankfurt, o Deutsche Bank caiu quase 10%, enquanto o Barclays (LON:BARC) teve baixa quase 9%, em Londres. Na capital francesa, o Société Générale (EPA:SOGN) cedeu mais de 10%.
Depois que o Saudi National Bank (SNB) descartou a possibilidade de oferecer assistência financeira ao Credit Suisse, as ações do banco tombaram e levaram outros grandes nomes do setor. Segundo fontes do The Wall Street Journal, o Banco Central Europeu (BCE) entrou em contato com bancos europeus para questionar quão expostos as instituições estão ao Credit Suisse. Na suíça, a ação do banco desabou 24%.
A movimentação financeira ocorre um dia antes da decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) e, segundo a Capital Economics, poderá ter implicações na decisão de política monetária da instituição. Entretanto, a consultoria britânica avalia que o BC europeu deverá manter o plano de alta de 50 pontos-base (pb) em suas taxas.
O mercado europeu também foi influenciado pelo mau humor das bolsas de Nova York, que amargaram perdas após a publicação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês).
A produção industrial da zona do euro avançou 0,7% entre dezembro e janeiro e ficou acima do esperado, mas não foi suficiente para melhorar o ânimo nas bolsas europeias. Hoje, o Instituto Ifo divulgou avaliação na qual prevê recuo de 0,1% na economia da Alemanha em 2023 e expansão de 1,7% em 2024.