As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta terça-feira, 2, enquanto investidores monitoraram o avanço dos juros de títulos públicos em economias avançadas, em meio a perspectivas para aceleração da inflação. Indicadores macroeconômicos também estiveram no radar das mesas de operações.
O índice pan-europeu Stoxx 600, que reúne as principais ações da região, encerrou com ganho de 0,19%, a 413,23 pontos.
Os negócios abriram a sessão com perdas, influenciados pelo pregão turbulento na Ásia, após o alerta de uma autoridade chinesa para o risco de bolhas nos mercados financeiros.
Ao longo da manhã, contudo, o clima melhorou paulatinamente, sobretudo depois que a Eurostat revelou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 0,9% na comparação anual de fevereiro - um pouco abaixo da estimativa de analistas, que previam alta de 1%.
Apesar disso, os ganhos foram limitados pela falta de impulso em Wall Street, onde ainda predominam preocupações a respeito da alta dos rendimentos dos Treasuries.
"Estamos apenas tomando fôlego depois de ontem", explicou o diretor de investimentos da gestora Kleinwort Hambros, Fahad Kamal . "O estado do mercado de títulos está ditando tudo", acrescentou.
Nesse ambiente, o índice FTSE 100, referência na Bolsa de Londres, subiu 0,38%, a 6.613,75 pontos, enquanto o CAC, de Paris, ganhou 0,29%, a 5.809,73 pontos.
Em Frankfurt, o DAX avançou 0,19%, a 14.039,80 pontos. No período da manhã, o Destatis, órgão oficial de estatísticas da Alemanha, revelou que as vendas no varejo da Alemanha registraram queda de 4,5% em janeiro ante dezembro em meio a restrições motivadas por uma segunda onda de contaminação pelo coronavírus.
Na bolsa de Milão, o FTSE MIB perdeu 0,78%, a 23.083,55 pontos, na mínima do dia.
Entre as praças ibéricas, o Ibex 35, de Madri, recuou 0,27%, a 8.355,80 e o PSI 20, de Lisboa, baixou 0,41%, a 4.774,53 pontos.