As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira, 22, em sessão na qual ativos de risco foram impulsionados com o alívio nas tensões geopolíticas envolvendo Irã e Israel, após a ausência de novas escaladas durante o final de semana. Desta forma, a temporada de balanços tomou as atenções, com especialistas buscando sinalizações do que podem ser os próximos passos para os resultados das empresas.
O índice Dow Jones subiu 0,67%, aos 38.239,98 pontos; o S&P 500 subiu 0,87%, aos 5.010,60 pontos; e o Nasdaq avançou 1,11%, aos 15.451,31 pontos.
Entre os balanços, a Verizon (NYSE:VZ) teve lucro líquido consolidado de US$ 4,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024, abaixo dos US$ 5 bilhões registrados em igual período do ano passado. Os papéis da empresa recuaram 4,67% nesta segunda-feira.
Já os resultados corporativos de bancos e instituições financeiras no primeiro trimestre de 2024 "encorajam um otimismo cauteloso" sobre melhora sustentada na renda obtida com taxas não provenientes de juros e estabilização da performance bancária, avalia a Fitch.
No entanto, a agência alerta que os bancos continuarão pressionados pelo crescimento nos custos de depósito, estresses no setor imobiliário comercial, desaceleração dos empréstimos e ambiente regulatório incerto.
Estrategistas de ações do UBS rebaixaram de "overweight" (com posição acima da média do mercado) para "neutra" a recomendação dos papéis de seis big techs americanas, também integrantes das "Sete Magníficas". São elas: Apple (NASDAQ:AAPL), Amazon (NASDAQ:AMZN), Alphabet (NASDAQ:GOOGL), Meta, Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Nvidia (NASDAQ:NVDA).
Outras empresas de tecnologia norte-americanas seguem com recomendação "overweight", avaliam os analistas. Nesta semana, quatro empresas das "Sete Magníficas" - Tesla (NASDAQ:TSLA), Meta, Microsoft e Alphabet - divulgarão seus resultados corporativos. A Tesla caiu 3,40% neste pregão após anunciar cortes de preços em veículos elétricos nos EUA, na Europa e na China.
"A questão agora é se a recessão nas ações será apenas um período de consolidação após a recuperação implacável desde novembro passado, ou se irá marcar o estouro do que nos pareceu o início de uma bolha inflando nas costas do entusiasmo sobre inteligência artificial", avalia a Capital Economics. "Suspeitamos que será a primeira opção, e prevemos que as ações vão se recuperar fortemente no próximo ano ou depois. O resultado é que mantemos a nossa previsão que o S&P 500 se recuperará, atingindo 5.500 pontos no final de 2024 e 6.500 no final de 2025", projeta.