As bolsas de Nova York fecharam com baixas expressivas, com índice Nasdaq amargando perdas de quase 2% e o VIX saltando ao maior nível desde maio. As ações foram pressionadas pela perspectiva de política monetária restritiva por mais tempo e pela consequente escalada dos juros dos Treasuries, após dados indicarem que o mercado de trabalho americano segue forte.
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,29%, aos 33.002,38 pontos; o S&P 500 terminou o pregão com variação negativa de 1,37%, aos 4.229,45 pontos e o Nasdaq cedeu 1,87%, aos 13.059,47 pontos.
Perto do fechamento, o índice VIX, que mede a volatilidade das bolsas e funciona como um termômetro de medo de Wall Street, subia 12,38%, aos 19,78 pontos.
O relatório Jolts revelou uma criação de postos de trabalho de 9,61 milhões nos EUA, bem acima da previsão de 8,9 milhões de analistas consultados pela FactSet. A leitura impulsionou apostas em mais uma alta de juros do Federal Reserve (Fed) até janeiro - cenário que se tornou o mais provável desde então, segundo o monitoramento do CME Group.
"A menos que o relatório do payroll venha mais fraco que o esperado, Wall Street provavelmente começará a precificar integralmente pelo menos mais um aumento das taxas do Fed antes do fim do ano", apontou o analista da Oanda Edward Moya.
As perdas nos mercados acionários foram generalizadas, com 10 dos 11 setores do S&P 500 em baixa (exceto concessionárias, em correção após as perdas expressivas de ontem). A ação do banco gigante Goldman Sachs (NYSE:GS) foi a que mais caiu no Dow Jones, com perda de 3,89%. Os pares Morgan Stanley (NYSE:MS) e Bank of America (NYSE:BAC) tiveram quedas de 1,9%.
Big Techs também tiveram um mau desempenho. Amazon (NASDAQ:AMZN) caiu 3,66%, Microsoft (NASDAQ:MSFT), 2,61% e Nvidia, 2,82%. As montadoras GM, Ford (NYSE:F) e Tesla (NASDAQ:TSLA) cederam 3,36%, 1,95% e 2,02%, respectivamente.