As bolsas de Nova York fecharam em forte alta nesta sexta-feira, 3, após a desaceleração do mercado de trabalho e do setor de serviços nos Estados Unidos consolidar a aposta de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortará juros este ano.
O índice Dow Jones encerrou a sessão com valorização de 1,18%, aos 38.675,68 pontos; o S&P 500 avançou 1,26%, aos 5.127,79 pontos; e o Nasdaq se elevou 1,99%, aos 16.156,33 pontos. Na semana, houve ganhos de 1,14%, 0,55% e 1,43%, respectivamente.
Em destaque, o papel da Apple (NASDAQ:AAPL) saltou 5,97%, após a fabricante do iPhone informar receita melhor que o esperado e ampliar a recompra de ações a um nível recorde. Na esteira, Nvidia (NASDAQ:NVDA) subiu 3,46% e Microsoft (NASDAQ:MSFT), 2,25%.
O movimento foi amplificado pelo alívio nos juros dos Treasuries, após uma bateria de dados nos EUA. O payroll mostrou geração de 175 mil empregos em abril, abaixo do esperado, enquanto o avanço dos salários desacelerou.
O mesmo mês testemunhou um esfriamento da atividade de serviços, conforme indicaram duas leituras de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês).
Após os indicadores, a curva futura firmou a precificação por corte de juros do Fed a partir de setembro, conforme sugere o monitoramento do CME Group. Investidores também voltaram a ver como mais provável um cenário de uma reducação acumulada de 50 pontos-base em 2024.
Para o economista Thomas Simons, do Jefferies, a cúpula do Fed ficará aliviada pelo payroll mais recente, mas ainda há informações insuficientes para subsidiar um corte de juros iminente. "Mantemos nossa previsão por apenas um corte nas taxas ainda este ano, em novembro ou dezembro", afirma.