As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta sexta-feira, 22, com impulso do Nasdaq na reta final, renovando recorde de fechamento. Em grande parte do dia, porém, as bolsas operaram em baixa, em meio ao pessimismo com o avanço da covid-19. Além disso, houve certa realização de lucros, após a euforia dos mercados com o inicio do governo de Joe Biden e a possibilidade de estímulos fiscais
O Dow Jones fechou em queda de 0,57%, a 30.996,98 pontos, o S&P 500 caiu 0,30%, para 3.841,47 pontos, mas o Nasdaq subiu 0,09%, a 13.543,06 pontos. Na comparação semanal, os três índices avançaram: 0,59%, 1,94% e 4,19%, respectivamente.
A sexta-feira foi marcada por incertezas. Nos EUA, o cronograma de vacinação contra a covid-19 é fonte de dúvidas. Biden estabeleceu a meta de vacinar 100 milhões de pessoas em seus 100 primeiro dias de governo, mas tem sido questionado sobre se esse objetivo é suficientemente ambicioso.
"Quando anunciei, todos vocês disseram que não era possível. Vamos, me dê um tempo, cara", irritou-se o presidente quando perguntado sobre a questão por um repórter. Nesta sexta, Biden indicou ainda que a covid-19 deve matar 600 mil pessoas nos EUA.
Com a baixa do petróleo e a cautela com a covid-19, as ações de petroleiras tiveram queda, como a Chevron (-0,28%) e Exxon Mobil (NYSE:XOM) (-1,41%).
Ao longo do dia, porém, indicadores da economia americana bem recebidos limitaram as perdas nas ações. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto mostrou alta a 58 em janeiro, enquanto as vendas de moradias usadas subiram 0,7% de novembro para dezembro.
No Nasdaq, Apple (NASDAQ:AAPL) (+1,61%) e Twitter (+1,99%) ajudaram a levar o índice a fechar em alta. Por outro lado, IBM (NYSE:IBM) teve baixa de 9,91%, e Intel (NASDAQ:INTC) de 9,29%, reagindo à publicação de balanços da quinta-feira.
A Capital Economics avalia que o mercado de ações não sofreu muito com os avanços da covid-19 desde que as notícias positivas sobre vacinas começaram a ser divulgadas em novembro, e projeta um rali no mercado acionário em 2021, em meio a uma recuperação geral dos ativos de risco.