Investing.com - O Ibovespa intensificou as quedas desde o fim da manhã após um início de pregão instável, oscilando entre altas e baixas após a máxima de 59.621 pontos logo após a abertura. Às 16h, o índice perde 1% aos 58.670 pontos.
O pregão nas bolsas norte-americanas também opera com perdas em meio a novos dados da economia do país, que reforçam a tese do aumento de juros. Dow 30 e S&P 500 caem 0,8% e o Nasdaq, 0,7%. O PIB dos EUA do segundo trimestre foi revisado para 1,4%, acima da previsão de 1,3% e dos 1,1% da prévia, e os novos pedidos de seguro desemprego caíram para 254 mil. Mais cedo o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, defendeu que o aumento de juros ocorra logo.
Na política interna, o governo Michel Temer parece ter assegurado os votos necessários para a aprovação da PEC do teto de gastos na Câmara. A votação deverá ocorrer em duas semanas, antes da reunião do Copom. O mercado aumenta suas apostas em um corte da Selic nesse encontro dos diretores do BC após o IPCA-15 ter caído e as previsões para 2017 estarem abaixo do centro da meta.
A Petrobras (SA:PETR4) cai descolada dos preços do petróleo que bateram nas máximas de um mês com o acordo da Opep para cortar a produção, ainda que as cotas de cada país não tenham sido definidas. O papel preferencial é negociado a R$ 13,55. A empresa aprovou nova política de dividendos e de indicação de executivos da diretoria, conselho fiscal e de administração. As ações ordinárias (SA:PETR3) cedem 1,2%.
A Vale (SA:VALE5) virou para baixa de 1% em um dia de alta na cotação do minério de ferro em Qindgao, que fechou com ganhos de 0,2% aos US$ 56,68/t. A companhia informou que não chegou à uma decisão em relação à venda de sua área de fertilizantes. Segundo O Globo, o BNDES teria bloqueado a operação temporariamente e outra reunião ficou agendada para 20 de outubro. Mais cedo, o jornal informou que a Mosica adquiriria a maior parte dos ativos por US$ 3 bilhões, enquanto a Yara arremataria por US$ 600 milhões as plantas de Cubatão.
As siderúrgicas também viraram pro negativo acompanhando o pessimismo externo. A Usiminas (SA:USIM5) cai 0,5%% e a Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4), 1,7%. Gardau opera estável. A CSN (SA:CSNA3) desvaloriza 1,6% após descartar em comunicado à CVM qualquer decisão ou proposta vinculante para negociar a Congonhas Minérios, segunda maior produtora de minério de ferro do país. No radar do setor, o Brasil decidiu acionar a OMC contra as taxas sobre aço cobradas pelos EUA.
A Fibria (SA:FIBR3) sobe 2% após o anúncio de elevação do preço da celulose negociada na China. Suzano (SA:SUZB5) ganha 2,5%.
Os bancos operam em baixa com perdas de 2,5% no Santander (SA:SANB11), 2,2% no Itausa (SA:ITSA4) e 2% em Itaú Unibanco (SA:ITUB4) e Banco do Brasil (SA:BBAS3). Bradesco (SA:BBDC4) perde 1,5%.
Dólar
A moeda norte-americana sobe para R$ 3,25 com as novas apostas em juros mais altos nos EUA e as incertezas em relação ao Deutsche Bank.
Atualizado às 16h