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Bovespa passa por forte correção após 9 altas e desaba 4%, maior queda desde 2014

Publicado 13.10.2015, 18:28
© Reuters.  Bovespa passa por forte correção após 9 altas e desaba 4%, maior queda desde 2014
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa registrou nesta terça-feira a maior queda percentual desde o início de dezembro, em dia de forte correção após uma sequência de nove pregões de alta, pressionado particularmente pelo recuo dos papéis de bancos, Vale e Petrobras (SA:PETR4).

Além do movimento de ajuste à queda verificada nos ADRs brasileiros na véspera em Nova York, o recuo também foi acentuado pela repercussão desfavorável a dados piores do que o esperado sobre as importações chinesas, enquanto permanece conturbado o cenário político doméstico.

O Ibovespa caiu 4 por cento, a 47.362 pontos, a maior queda desde 1º de dezembro de 2014. O giro financeiro totalizou 8 bilhões de reais.

Na segunda-feira, quando a bolsa paulista não funcionou por feriado nacional, boa parte dos ADRs (recibo de ações negociados nos Estados Unidos) de companhias nacionais recuou, principalmente Petrobras e Vale, pesando no Ibovespa nesta sessão.

O noticiário externo do dia reforçou a pressão de baixa, com a queda acima do esperado nas importações pela China reforçando as preocupações com a desaceleração global.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 flertou com o território positivo, mas fechou em queda de 0,68 por cento, com os temores ligados à China pesando, assim como a queda de papéis do setor financeiro, em meio ao início da safra de balanços.

Na cena local, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liminares que, na prática, suspendem momentaneamente o andamento de um eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que ganha mais tempo em meio à intensa disputa política que trava no Congresso.

DESTAQUES

=ITAÚ UNIBANCO despencou 5,35 por cento e BRADESCO desabou 5,46 por cento, ambas registrando as maiores baixas desde dezembro de 2014 e respondendo pelo maior peso negativo no Ibovespa. O Credit Suisse cortou a recomendação dos bancos para "underperform", vendo 2016 como o mais desafiador em 15 anos para o setor. BANCO DO BRASIL e SANTANDER BRASIL, que também tiveram as recomendações reduzidas, caíram 8,32 e 8,9 por cento, respectivamente. No caso de BB (SA:BBAS3), foi a maior queda em quase um ano, enquanto as units do Santander tiveram o maior recuo diário em mais de três anos. O UBS também cortou os preços-alvos de vários bancos, enquanto o Deutsche Bank elevou a recomendação de Bradesco (SA:BBDC4) para "compra", citando que os riscos macroeconômicos seguem, mas que os níveis de preços são difíceis de ignorar.

=PETROBRAS fechou com queda de 7,61 por cento nas preferenciais e de 8,12 por cento nas ordinárias, maiores declínios desde o final de janeiro deste ano, após os respectivos ADRs recuarem em Wall Street na véspera, quando os preços do petróleo caíram 5 por cento. Nesta sessão, os contratos futuros da commodity chegaram a ensaiar uma recuperação, mas terminaram em baixa, após a Agência Internacional de Energia (IEA) reacender temores de que o mercado permanecerá com excesso de oferta.

=VALE terminou com as ações ordinárias em baixa de 10,63 por cento, no maior recuo em 7 anos, e os papéis preferenciais de classe A recuando 7,87 por cento, conforme pesaram nas negociações os ajustes aos ADRs e o noticiário desfavorável sobre o comércio exterior chinês, que impacta as perspectivas da mineradora. CSN (SA:CSNA3) e USIMINAS (SA:USIM5), que vêm de fortes altas recentes, também sofreram com a correção na bolsa e figuraram na ponta de baixa, com recuos de 12,57 e 11,53 por cento, respectivamente.

=AMBEV fechou em baixa de 5,51 por cento, pressionada ainda pela notícia de que sua controladora, a Anheuser-Busch Inbev, fechou um acordo de 69 bilhões de libras, equivalente a 106 bilhões de dólares, para a aquisição da SABMiller. O BTG Pactual (SA:BBTG11) avaliou que ainda é inconclusivo qual papel da Ambev (SA:ABEV3) na operação, mas vê a posição da empresa como desconfortável do ponto de vista de governança corporativa, independentemente do resultado. "Se a Ambev se envolver, estamos com medo de que isso possa ser a um custo muito elevado; e se isso não acontecer, vamos ficar nos perguntando para sempre porque um negócio que faz sentido para ABI ... não tem seu valor e oportunidades de crescimento compartilhados com os minoritários da Ambev", disse em nota a clientes.

=GOL despencou 13,41 por cento, maior queda desde meados de 2011, após avançar nas últimas seis sessões, pressionada também pela valorização do dólar ante o real, além da correção ao declínio de seu ADR negociado na bolsa de Nova York.

=GRUPO PÃO DE AÇÚCAR perdeu 7,36 por cento, com agentes financeiros também atentos a dados de vendas do terceiro trimestre, que foram afetados negativamente pelo desempenho da Via Varejo (SA:VVAR11). A corretora Brasil Plural (SA:BPFF11) disse que mantém visão cautelosa com o Grupo Pão de Açúcar (SA:PCAR4) no curto prazo, "que deve continuar a reportar pressão nos resultados completos do terceiro trimestre". A sessão ainda contou com relatório do JPMorgan reduzindo recomendação do papel para "underweight", citando que, apesar da estabilidade do lado de alimentos, vê a divisão não-alimentos deteriorando mais ainda nos próximos 12 meses.

=SUZANO PAPEL E CELULOSE saltou 9,22 por cento, maior alta desde abril de 2009, beneficiada pela alta do dólar frente ao real de quase 3 por cento na sessão. A ação vinha apresentando um comportamento mais fraco neste mês em relação a sua rival FIBRIA, que terminou com uma alta mais branda, de 4,20 por cento. No mês, Suzano (SA:SUZB5) ainda acumula perda de 4,77 por cento, enquanto Fibria (SA:FIBR3) cai apenas 0,35 por cento.

=CESP subiu 2,52 por cento, após a divulgação de novas informações relacionadas ao leilão de hidrelétricas existentes que o governo federal promove em 6 de novembro

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