Bovespa sobe por influência do exterior apesar de queda do BB e cautela com Moody's

Publicado 16.07.2015, 18:26
Atualizado 16.07.2015, 18:35
Bovespa sobe por influência do exterior apesar de queda do BB e cautela com Moody's

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa fechou no azul nesta quinta-feira, mas com baixo giro financeiro, influenciado pelo cenário externo positvo, após avanço nas negociações sobre a dívida da Grécia e a divulgação de resultados corporativos que impulsionaram o otimismo nos Estados Unidos.

Mas a forte queda das ações do Banco do Brasil (SA:BBAS3) e da Kroton Educacional (SA:KROT3) e a apreensão com uma eventual mudança na nota de crédito do país restringiram o avanço.

O Ibovespa subiu 0,32 por cento, a 53.069 pontos.

O giro financeiro do pregão foi de apenas 3,9 bilhões de reais, ante média diária nesta ano de 6,77 bilhões de reais, conforme agentes financeiros seguem reticentes com o mercado acionário no Brasil.

Representantes da agência de classificação de risco Moody's se reuniram com a equipe econômica nesta quinta-feira, enquanto no mercado especula-se sobre a chance de corte na nota de crédito brasileira, bem como de manutenção da perspectiva negativa do rating mesmo em caso de rebaixamento.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reuniu-se com a equipe da Moody's e disse à Rádio CBN que expôs que a economia brasileira enfrenta desafios no curto prazo, mas está se ajustando para voltar a crescer.

A Moody's avalia o Brasil como "Baa2", com perspectiva negativa. Um eventual corte para "Baa3" deixaria o país na última classificação dentro do grau de investimento.

Ainda repercutiu nos negócios notícia da abertura de investigação pela Procuradoria da República no Distrito Federal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apurar suposto tráfico de influência com o objetivo de favorecer a construtora Odebrecht.

No exterior, a Europa agiu para reabrir um financiamento à Grécia, horas após o Parlamento do país ter aprovado o programa de resgate. Finlândia e da Lituânia deram suas aprovações para que as negociações comecem, um dia antes da votação por parlamentares na Alemanha.

Wall Street fechou com os principais índices acionários em alta, com a safra de balanços corporativos de companhias como eBay e Netflix corroborando o sentimento positivo desencadeado pelo noticiário europeu.

DESTAQUES

=BANCO DO BRASIL despencou 3,26 por cento, reagindo à informação de que o Fundo Soberano vendeu ações da instituição financeira em junho como parte da política de consolidação fiscal. Dados disponíveis na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que o Fundo Soberano vendeu 1 milhão de ações do BB no mês passado, levantando um total de 23,86 milhões de reais. No setor, ITAÚ UNIBANCO subiu 0,29 por cento e BRADESCO cedeu 0,21 por cento.

=KROTON caiu 2,34 por cento, em meio à notícia da revista Exame de que a empresa de ensino estaria interessada em comprar o grupo Ibmec, em um negócio estimado em 700 milhões de reais. Segundo a reportagem, Anima Educação e os grupos norte-americanos Devry e Kaplan também estariam na disputa. Na visão do Bradesco (SA:BBDC4) BBI, se confirmada, a aquisição poderia criar um fluxo de notícias negativas para o comprador, dado o preço potencialmente alto, entre outros fatores.

=SABESP ficou na ponta positiva, com alta de 5,10 por cento, após notícia de que a empresa de saneamento e água prentende repassar aos consumidores paulistanos encargo de 7,5 por cento da receita bruta que é obrigada a depositar em um fundo para a execução de obras, segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.

=SMILES avançou 4,5 por cento, um dos melhores desempenhos da sessão. O Bank of America Merrill Lynch divulgou relatório após encontro com executivos da empresa destacando que as operações no curto prazo permanecem fortes. A analista Sara Delfim avalia que 2016 será um ano mais desafiador, mas manteve a recomendação de "compra", destacando que no curto prazo a companhia é bastante atraente e que a ação é mais protegida contra futuros ventos contrários na indústria de fidelização.

=VALE terminou com alta de 2,28 por cento nas preferenciais e de 3,10 por cento nas ordinárias, apesar da debilidade do minério de ferro na China, e respondeu por relevante contribuição para o fechamento positivo do Ibovespa.

=JBS também se destacou na ponta positiva, com ganho de 3,12 por cento. A equipe da corretora Brasil Plural (SA:BPFF11) destacou em nota a formalização de acordo do governo brasileiro com a Rússia, que autoriza novos matadouros a exportar carne bovina para aquele pais.

=PETROBRAS terminou com as preferenciais em alta de 1,02 por cento, em meio ao movimento sem rumo único nos preços do petróleo, com agentes financeiros também atentos a uma notícia do jornal O Globo de que a estatal estaria analisando possibilidade de se desfazer até de participação de 10 por cento na área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, citando uma fonte próxima à estatal. O gerente de planejamento de redes logísticas da petroleira estatal, Eric Futino, também disse à tarde que a Petrobras (SA:PETR4) está trabalhando para implementar a paridade dos preços do diesel e da gasolina no mercado doméstico em relação aos valores praticados no exterior.

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