Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - Os papéis da BR Distribuidora (SA:BRDT3) subiam 5,9% nesta quarta-feira (10) após a companhia registrar lucro liquido de R$ 3,148 bilhões no quarto trimestre, ante R$ 96 milhões no mesmo período do ano passado.
Perto das 11h20, a ação era negociada a R$ 20,43, com volume de R$ 140,2 milhões. Os papéis acumulavam queda de 8,85% nos útlimos trinta dias e de 6,49% nas últimas 52 semanas.
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Para os analistas da Mirae, a companhia divulgou um bom resultado, próximo às expectativas, mas ainda afetado no segmento de varejo e com queda em aviação.
Eles dizem continuar otimistas com a empresa, com a entrada do novo CEO, Wilson Ferreira, “que deverá trazer novas perspectivas”.
A corretora manteve a recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 28,96, apontando expectativa de surpresas positivas em 2021 com a retomada das atividades e a nova administração.
Já os analistas do BTG Pactual (SA:BPAC11) elevaram a recomendação do papel de Neutro para Compra, com otimismo pela redução na base de custos e melhora de execução, que, segundo eles, mitigam parte dos riscos do setor de distribuição e elevam o papel a múltiplos atrativos.
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O banco de investimentos apontou ainda que a margem EBITDA de R$ 101/m3 da companhia foi impulsionada por outra forte redução nas despesas, enquanto os volumes ficaram 2,5% abaixo das previsões do banco de investimentos devido à venda de produtos não essenciais que não são monitorados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Eles também destacaram a continuidade do aumento da participação de mercado da companhia, que cresceu 1 ponto percentual no período, com adição de 1,65 ponto percentual em vendas - mais do que qualquer outra empresa do setor.
Segundo o banco, isso ressalta uma melhoria na execução comercial e no serviço que deve possibilitar ganhos adicionais de participação.
Para o Safra, os números do trimestre apoiam a tese de melhora gradual da margem. Eles reforçaram a recomendação de Compra para o papel, com preço-alvo de R$ 25,90, citando como riscos o fato do setor ser altamente sensível à economia, com possibilidade de mudanças nos impostos, e possível impacto negativo de questões ambientais que não sejam reconhecidas no balanço.