por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - Os Conselhos da BR Malls (SA:BRML3) e da Aliansce Sonae (SA:ALSO3) aprovaram na última quarta-feira a fusão das duas empresas, após meses de negociações e propostas feitas. Juntas, as duas se tornam o maior grupo de shoppings do país, com R$ 2 bilhões em faturamento. O negócio agora aguarda a aprovação do Cade.
Para Fernando Siqueira, Head de Research da Guide Investimentos, os impactos do negócio devem ser sentidos mais adiante. “No longo e médio prazo, isso será positivo, porque você cria uma empresa maior, com mais capacidade de negociação com os lojistas, além das sinergias que devem vir disso”, avalia o analista.
Nesta quinta-feira, as ações das empresas não apresentam grande valorização, pois a confirmação do acordo era esperada pelo mercado.
Às 13h51, as ações da Aliansce Sonae operavam próximas à estabildade (0,05%), a R$ 18,68, e as da BR Malls avançavam 0,12%, a R$ 8,55.
Gustavo Pazos, analista do time de research da Warren, vê no negócio um efeito colateral da mudança do comportamento do consumidor, que está cada vez mais migrando para o consumo pela internet. "As empresas de shoppings são mais afetadas por isso do que as de varejo, porque elas não conseguem se adaptar da mesma forma. Então, o crescimento inorgânico, visando o ganho de sinergia, tende a acontecer cada vez mais para que as empresas fiquem mais fortes juntas”, diz.
Para o mercado em geral, o que se pode observar é uma consolidação maior do setor de shoppings, diz Siqueira. “Um ponto que chama a atenção é que já se vinha discutindo sobre eventualmente a Multiplan (SA:MULT3) ou a Iguatemi (SA:IGTA3) comprar a BR Malls ou a Aliansce Sonae. Mas com a fusão dessas duas empresas menores, uma aquisição fica mais difícil no curto prazo e sobram apenas opções pontuais”, comenta o head de research da Guide.