Investing.com - No início da sessão desta quinta-feira as ações do Bradesco (SA:BBDC4) operam com valorização de 3,09% a R$ 35,34, liderando os ganhos na bolsa paulista. O banco registrou lucro líquido 13,7% maior no terceiro trimestre, na comparação anual, com um recuo nas provisões para perdas com empréstimos duvidosos.
O lucro líquido recorrente no Bradesco somou R$ 5,471 bilhões no período, e ficou praticamente em linha com a estimativa média de analistas ouvidos pela Refinitiv de um lucro de R$ 5,508 bilhões.
Para a Mirae Asset, em geral o resultado do Bradesco passou uma mensagem positiva e a corretora espera por números melhores para 2019, com uma melhora da situação econômica no Brasil. A recomendação é de compra, para o BBDC4, com um upside de 8% e esperam que o Bradesco continue entregando resultados sólidos e com aumento de ROE.
A Coinvalores destaca que os números do banco foram positivos, com o lucro crescendo 6,0% em apenas três meses, em linha com o esperado. Como tem ocorrido com os outros grandes bancos privados, as receitas de prestação de serviços vieram mais pressionadas na comparação com o trimestre anterior, assim como os números vindos da área de seguros, capitalização e previdência.
No caso do Bradesco, isso foi compensado pela expansão da margem financeira. Houve crescimento tanto na carteira PF quanto na de micro, pequenas e médias empresas, com a de grandes empresas praticamente flat.
A corretora destaca que o banco está dentro do guidance em praticamente todos os indicadores menos prêmios de seguros, onde estimou um crescimento de 2% a 6% esse ano, mas entregou queda de 3,1% nos 9M18. O ROE do banco foi a 19,0%, contra 18,4% há três meses.
Resultado
O banco superou as estimativas dos analistas para o retorno sobre o patrimônio líquido, que ficou em 19 por cento, quase 0,5 ponto percentual acima do esperado.
O Bradesco informou em comunicado que as provisões para perdas com empréstimos foi de 3,512 bilhões de reais no terceiro trimestre, 23,3 por cento menor que no mesmo período do ano anterior, em meio a uma recuperação gradual da economia brasileira.
No entanto, as perdas aumentaram ligeiramente em 2,2 por cento em comparação com o trimestre anterior, devido a empréstimos corporativos reestruturados, totalizando 920 milhões de reais.
O índice de inadimplência acima de 90 dias ficou em 3,63 por cento, 0,3 ponto percentual abaixo do índice do trimestre anterior e queda de 1,2 ponto percentual ante o mesmo período do ano passado.