Investing.com - Para o banco BTG Pactual (SA:BPAC11), a aprovação da operação de fusão entre a Suzano Papel e Celulose (SA:SUZB3) e a Fibria (SA:FIBR3) Celulose, sem restrições, pela autoridade de defesa da concorrência da China é um sinal que mostra a grande probabilidade de aprovação do negócio no Brasil pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) do Brasil.
O BTG tem recomendação de compra para o ativo, com preço-alvo em 12 meses em R$ 58,00. Na sessão de hoje, Suzano tem queda de 0,47% a R$ 48,30.
Para a equipe do BTG, em relatório divulgado nesta sexta-feira, o otimismo segue para a conclusão da transação. “Acreditamos que os termos do acordo permanecerão inalterados, apesar da preocupação de alguns investidores”, diz o banco.
Para os analistas, caso sejam aplicados remédios, seriam imateriais e ainda permitiriam a captura de bilhões em sinergias. “Por isso vemos uma possibilidade muito baixa de que algo de errado nessa transação, principalmente especialmente porque a estrutura do negócio já foi usada em outras ocasiões”.
Apesar do otimismo, o BTG reconhece que os ruídos devam permanecer. A aprovação pela autoridade chinesa é um passo que reduz os riscos, mas ainda há importantes marcos a serem atingidos no cronograma da fusão.
O banco lembra que a Suzano recebeu recentemente declaração de eficácia pela SEC (ainda precisa completar sua listagem de ADR na NYSE), abrindo caminho para a Assembleia Geral Extraordinária convocação para 13 de setembro.
“Embora haja ruído em torno desta reunião, é o próximo grande marco no processo e a própria aprovação dos acionistas deve não apresentam grandes riscos, uma vez que a maioria dos votos favoráveis já é garantida”.
Depois disso, vai faltar a aprovação dos órgãos antitruste do Brasil e da Europa.
Os analistas reiteram a visão de que o negócio é transformador para o setor, concedendo ainda mais poder de precificação e um potencial de disciplina de oferta sem precedentes para a indústria.
O BTG vê a Suzano negociando abaixo de 5,0x EV / EBITDA 19 (ex-sinergias) e entrega de rendimentos de FCF de dois dígitos em 2019.