Investing.com - Tendo em vista o acordo com a Boeing, o BTG Pactual (SA:BPAC11) mantém a recomendação de compra para os ativos da Embraer (SA:EMBR3), com preço-alvo a US$ 26,00 para o ADR negociado na bolsa de Nova York. Os analistas citam a declaração de um executivo da fabricante brasileira, citado pelo Valor Econômico, de que não vê problemas para que o acordo seja finalmente concretizado.
O cronograma oficial é que o negócio entre as companhias seja finalizado até o dia 5 de dezembro, com todas as etapas referente ao acordo aprovadas pela Boeing e pela Embraer.
Para o banco, existe uma boa vantagem no preço atual das ações, como os investidores não pagando o preço de um negócio em andamento. Eles destacam que Embraer é negociada abaixo do valor do acordo anunciado pelas companhias, que envolve somente a operação comercial da brasileira, o que, não visão dos analistas, é injusto.
O BTG também destacou a prévia operacional, com um recuo de 27,7 por cento na carteira de pedidos firmes a entregar. A companhia entregou 15 jatos comerciais de julho ao final de setembro ante 25 aviões no mesmo período de 2017.
As entregas de jatos executivos, porém, cresceram de 20 para 24 unidades, embora as unidades deste segmento sejam de menor porte que os aviões comerciais.
No acumulado do ano, a Embraer entregou até o final de setembro 57 jatos comerciais e 55 aeronaves executivas ante 78 unidades na aviação comercial e 59 na executiva no mesmo período de 2017.
Em relação ao balanço, o banco de investimentos aposta em resultado fraco para o terceiro trimestre, esperando que a baixa alavancagem operacional prejudique a lucratividade tanto no segmento Executivo e Defesa, principalmente com o real mais fraco. A estimativa é de receita líquida de US$ 1,1 bilhão (-16% na base anual), EBIT de US$ 44 milhões (margem de 4%), Ebitda em US$ 116 milhões (19% na base anual) e lucro líquido de US$19 milhões.