Investing.com – Neste final de temporada de balanços corporativos, o BTG Pactual (BVMF:BPAC11) está entre as últimas instituições financeiras a apresentar dados do terceiro trimestre deste ano, com divulgação marcada para esta terça-feira, 12 de novembro, antes da abertura dos mercados.
Com condições macroeconômicas difíceis para os investimentos no mercado de capitais em meio a juros elevados, investidores estarão atentos se o banco conseguiu compensar as adversidades por meio de uma estratégia de maior diversificação da receita. Na opinião de analistas, este será o caso, com outras linhas compensando resultados mais amenos em banco de investimentos (IB).
A fraca atividade do mercado de capitais deve ter prejudicado as receitas de banco de investimentos (IB) e sales & trading (S&T), na opinião do Bank of America (NYSE:BAC), que entende que este peso deve ser compensado por receitas sólidas de crédito, asset e welth management.
O BTG deve apresentar uma expansão resiliente dos lucros mesmo com o cenário macro desafiador e com baixo apetite ao risco, segundo o BofA. O banco espera receitas apoiadas por empréstimos corporativos com “spreads estáveis e qualidade de ativos, embora o crescimento dos empréstimos deva desacelerar”.
“O banco de investimento deve cair de um forte primeiro semestre, já que a atividade de DCM e M&A diminuiu”, pondera o banco. O BofA recomenda compra para a ação, com preço-alvo de R$40, considerando o modelo de negócios bem diversificado.
A XP (BVMF:XPBR31) vai na mesma linha e entende que haverá um impulso ainda positivo para o banco, mesmo com desaceleração marginal em banco de investimentos – que chegou próximo ao pico no segundo trimestre.
“Mas outras linhas de receita devem compensá-la.. Embora esse crescimento devesse ter vindo de todos os setores, esperamos uma recuperação maior em sales & trading (S&T), que apresentou um primeiro semestre mais suave. O net new money deve permanecer estável, ajudando wealth e asset management”, detalha a XP, que espera manutenção do índice de eficiência e possui indicação neutra para a ação, com preço-alvo de R$41.
O Goldman Sachs (NYSE:GS) enxerga tendências saudáveis para o BTG, com lucros aumentando 8% sequencialmente e despesas sob controle, o que motiva a indicação de compra, com preço-alvo de R$40. Para as receitas, a expectativa é de aumento de 6% no trimestre, com indicadores favoráveis em praticamente todas as linhas, menos banco de investimentos.
“O BTG deve registrar tendências sólidas na maioria das linhas de receita, com aumento saudável em gestão de ativos e patrimônio e vendas e negociação”, completa o Goldman, que também pondera sobre uma possível diminuição nas receitas de banco de investimento, em meio a comparações difíceis do segundo trimestre.
O balanço ainda deve ser beneficiado pela aceleração do acúmulo de carteiras anteriormente adquiridas do Banco Pan (BVMF:BPAN4), e o rígido controle de custos dever manter a expansão das despesas abaixo das receitas, conclui o GS.
Fonte: InvestingPro
- InvestingPro: O InvestingPro, plataforma premium do Investing.com, projeta uma receita de R$6,289 bilhões e um lucro por ação (LPA) de R$0,82. Para saber como as ações do BTG reagiram após os últimos balanços e como os indicadores vieram em relação às suas estimativas, seja um usuário da plataforma!
- XP: A XP estima uma receita total de R$6,5 bilhões, além de um lucro líquido recorrente de R$3,2 bilhões e rentabilidade (ROE) de 24,7% no terceiro trimestre deste ano.
- BofA: O BofA prevê receita líquida de R$6,357 bilhões, com lucro recorrente de R$3,134 bilhões, com ROAE recorrente de 23%.
- Goldman Sachs: O Goldman espera lucro recorrente de R$3,2 bilhões no 3T24, com receitas de R$6,328 bilhões e uma rentabilidade recorrente de 23,2%.